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Novo Banco começa contactos com clientes emigrantes para oferecer depósitos

Instituição avança com contatos com os clientes emigrantes que receberam obrigações seniores no âmbito de uma solução comercial implementada para os detentores de Veículos EuroAforro 8, Poupança Plus 1, PoupançaPlus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7.
Rafael Marchante/Reuters
15 Agosto 2017, 17h42

Em comunicado o Novo Banco diz que inicia esta quarta-feira, dia 16 de agosto, o processo de contactar os seus clientes não residentes para explicar detalhadamente a solução comercial proposta a semana passada e obter o acordo individual de cada emigrante, no âmbito do acordo estabelecido com a AMELP (Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses).

O Jornal Económico tinha avançado com a notícia de uma solução comercial para compensar os lesados do BES que tinham herdado obrigações do banco no âmbito de uma solução mediada pelo Governo. Mas esta solução é para os clientes que ainda tinham veículos do ex-BES.

Durante a semana passada, o CEO do banco, António Ramalho, recebeu a Direção da AMELP (Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses) a quem foi apresentada a solução comercial para os 20% de clientes não residentes que detêm títulos de diversos veículos e que não aderiram à solução comercial encontrada em 2016.

Esta proposta aplica-se aos detentores de Veículos EuroAforro 8, Poupança Plus 1, PoupançaPlus 5, Poupança Plus 6, Top Renda 4, Top Renda 5, Top Renda 6 e Top Renda 7.

A proposta apresentada, que prevê a recuperação de 75% do valor investido, é constituída por três depósitos a prazo: Depósito a prazo de cinco anos, com uma taxa de 1%, com o valor da venda das obrigações no âmbito do LME (exercício de gestão de passivo que passa pela compra das obrigações seniores do Novo Banco com perdas implícitas para os investidores); Depósito a prazo de dois anos, com uma taxa de 0,5%, no montante resultante da diferença entre 60% do capital investido pelo cliente e o valor da troca das obrigações; e Depósito a prazo, no qual, ao longo de três anos, será sucessivamente depositado pelo banco 5% do valor investido, para que o cliente receba no final 75% do valor investido.

A proposta terá que ser subscrita até final de agosto e fica dependente do sucesso do LME (liability managment exercise). Esta operação é condição de venda do banco ao Lone Star.

“Este é um passo essencial na solução das questões com os não residentes, ficando apenas por definir uma solução para os veículos denominados EG Premium e EuroAforro 10, para os quais o banco está ainda a estudar uma solução comercial adequada”, recorda o Banco.

 

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