O número de detidos por suspeitas de fogo posto já é superior ao total do ano 2016, numa altura em que faltam ainda dois meses e meio para terminar o ano, avança o ‘Jornal de Notícias’. Até ao momento foram detidos 154 incendiários (101 pela Polícia Judiciária e 53 pela Guarda Nacional Republicana), mais 44 do que os registados no ano passado.
A Polícia Judiciária deteve esta segunda-feira um 101º incendiário. Trata-se de um homem de 48 anos que ateou dois fogos na manhã de sexta-feira em Figueiredo de Alva, em São Pedro do Sul, num quadro de alcoolismo e com recurso a chama direta. O incêndio chegou a ameaçar uma extensa mancha florestal e habitações aí existentes. O homem foi levado para primeiro interrogatório, ficando agora obrigado a apresentações diárias.
Fontes da Polícia Judiciária salientam que “um incendiário pode muitas vezes ser responsável por atear vários incêndios, até oito ou nove fogos”. A reincidência é uma das principais preocupações das autoridades. Um estudo feito a 590 elementos sujeitos da prática desse crime mostra que 55% desses apresentam risco de reincidência e 17% têm um perfil muito alto de reincidência.
“São pessoas com algum tipo de desequilíbrio psicológico”, explica Cristina Soeiro, especialista da PJ. “Há outros perfis para quem o risco de voltar à prisão constitui por si só um desincentivo para a reincidência. Mas noutras situações, com desequílibrios associados, isso é diferente”.
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