O número de mortos devido aos incêndios subiu para 37, de acordo com a Proteção Civil. No habitual briefing em matéria de incêndios em Portugal, em Carnaxide, a porta-voz da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse que quer as vítimas mortais quer os feridos são agora mais: 37 e 71, respetivamente.
Patrícia Gaspar indicou ainda que “amanhã e até sábado recuperação da unidade relativa do ar e regresso às temperaturas normais desta altura do ano”, mas que, para o dia de hoje não está prevista precipitação, citando as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Portugal tem problema estrutural nas florestas e no sistema de prevenção
Enquanto a ANPC fazia um último balanço, simultaneamente, António Costa falava sobre as prioridades governativas e dava conta de que existem 52 internados em todo o país. O primeiro-ministro afirmou que o Governo já começou a fazer o levantamento de danos causados pelos incêndios que deflagraram em Portugal nos últimos dois dias e informou que Portugal tem problema estrutural na floresta e no sistema de prevenção e combate aos fogos florestais.
António Costa encontra-se esta manhã na Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios de domingo e reúne-se depois com autarcas dos distritos de Coimbra e Viseu.
“São momentos de grande angústia. (…) Temos de recuperar desta situação”, disse o governante, aos jornalistas, à saída da unidade hospitalar. O chefe do Executivo português reforçou, aos meios de comunicação social, a ideia de que haverá, no próximo sábado, um Concelho de Ministros extraordinário para direcionar e definir as próximas medidas: “Vamos passar das palavras aos atos. Houve o tempo de enfrentar as chamas, houve o tempo de fazer o estudo, agora é o tempo de decidir e de executar”.
O debate terá influência de “muito do trabalho que foi feito pela comissão técnica independente”, de acordo com o primeiro-ministro, mas uma das prioridades serão aqueles que tiveram ferimentos por causa dos incêndios. “Temos de cuidar dos feridos”, sublinhou.
Ainda antes do almoço, António Costa seguirá para a Lousã, onde se reunirá na Câmara Municipal deste concelho do distrito de Coimbra com os autarcas das zonas mais afetadas pelos incêndios de domingo. Na reunião, segundo o gabinete do primeiro-ministro, estarão os presidentes das câmaras da Lousã, Arganil, Góis, Vila Nova de Poiares, Penacova e Lousã. Ao início da tarde, em Oliveira do Hospital, o primeiro-ministro reúne-se com os presidentes da Câmara de Oliveira do Hospital, Santa Comba Dão, Tábua e Mortágua.
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