“Tinto ou branco?”. Se quiser provar o vinho português que ganhou, este mês, o título de melhor do mundo terá mesmo de pedir um branco. O Conde D’Ervideira Reserva Branco arrecadou a medalha de ouro no concurso Mundus Vini, na Alemanha.
Considerado como o maior concurso alemão de vinhos e um dos mais importantes do setor, o Mundus Vini Grand International Wine Award premiou na Summer Tasting, que decorreu entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, um produto português. O vinho do Alentejo, das castas de Antão Vaz, sobressaiu num total de 4.300 vinhos de 42 regiões vitivinícolas em todo o mundo.
“É uma honra bestial. Não cabemos em nós de orgulhosos. Há anos que estamos em concursos junto dos melhores vinhos nacionais e internacionais, mas agora no ‘Mundus Vini’ ganhámos o melhor branco do mundo”, afirma ao Jornal Económico o diretor executivo da Ervideira, Duarte Leal da Costa.
O responsável da adega considera que o facto de o Conde D’Ervideira Reserva Branco ser totalmente fermentado em barricas de carvalho húngaro torna-o um vinho diferenciador. Para Duarte Costa, a distinção internacional catapulta a marca para patamares superiores e traz mais exigências, nomeadamente para os importadores e distribuidores, que fazem chegar o produto ao consumidor final. “Agora, olham para nós com uma visão mais diferenciada”, explica o engenheiro.
Questionado sobre possíveis alterações na estratégia da administração das herdades e nos preçários, Duarte Leal da Costa garantiu que não vão fazer muitas mudanças, tendo em conta que a colheita deste ano já se encontra a fermentar nas barricas de carvalho húngaro.
O vinho da colheita do ano passado deverá esgotar, mas o mais recente poderá ser encontrado no mercado com valores entre os 10 e os 12 euros [a nova tabela de custos entra em vigor a 1 de janeiro]. “A arma da Ervideira sempre foi a de ter preços justos para aquela qualidade. Temos uma política de preços muito estável”, sublinha.
O processo de vinificação do favorito a nível mundial passa por desengaçar as uvas – não esmagadas -, e enviá-las para vinimatics, onde permanecem entre seis a dez horas, a uma temperatura não superior a 12 graus. Mais tarde, são prensadas e colocadas na câmara frigorífica, na qual fermentam a temperatura controlada que varia ente os 13 e 15 graus. Possivelmente, será esse o pó de ‘perlimpimpim’, que agradou aos 164 jurados de 41 nacionalidades diferentes.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com