“Geringonça” foi eleita (sem surpresas) a Palavra do Ano, com 35% dos votos. No total a palavra escolhida arrecadou 8.750 votos na oitava edição do concurso.
A palavra usada por Vasco Pulido Valente numa crónica e celebrizada por Paulo Portas quando a invocou no Parlamento, para se referir à junção de forças entre os partidos de esquerda (PCP, BE, Verdes e PAN) para viabilizar o Governo de António Costa, pegou moda e vai constar agora na lista da Porto Editora como a palavra que melhor caracterizou o ano de 2016.
Existem vários significados para a palavra “geringonça”: “construção pouco sólida e que se escangalha facilmente; caranguejola”; “aparelho ou máquina considerada complicada; engenhoca”; “coisa consertada que funciona a custo”.
A partir da indigitação do Governo de Costa a palavra adquiriu uma outra conotação: “sociedade ou empresa de estrutura complexa e pouco credível”.
Para trás ficaram outras palavras como “campeão” (29%), “Brexit” (8%), “parentalidade” (6%), “presidente” (6%), “turismo” (4%), “racismo” (4%), “humanista” (4%), “empoderamento” (3%) e “microcefalia” (1%).
O concurso pretende “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa” destacando a “importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida”.
Desde 2009, altura em que foi criado o concurso, foram eleitas as palavras “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014) e “refugiado” (2015).
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