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Pedro Passos Coelho: “O Governo não quer mudar nada para futuro”

“Passados dois anos, vemos que a vontade do Governo mudar alguma coisa que não seja por razões populistas ou demagógicas ou está na gaveta ou não está nas suas intenções. Quem governa hoje não tem um espírito reformista”, denunciou Pedro Passos Coelho no Pontal.
14 Agosto 2017, 22h35

“Se queremos ter mais alguma coisa no futuro, não podemos geringonçar, mas precisamos de reformar” foi a mensagem do líder do PSD no seu discurso na festa do Pontal.

Sobre os incêndios, o Presidente social-democrata acusou o Governo de não aprender com os erros.

O Presidente do PSD afirmou que a atual conduta do Governo se pauta por ser de “populismo, demagogia e disfarce, e é impressionante o que se tem vindo a passar” e que o Governo se rege por uma “cultura de direitos adquiridos e não numa cultura política”.

Pedro Passos Coelho apelidou de eleitoralismo o acto de o Executivo ter feito um aumento extraordinário de pensões a pouco mais de um mês das eleições autárquicas. “Se fosse qualquer outro governo a fazer isto, o que não andariam a dizer. Interessa pouco que uma parte desse aumento possa ser consumido pelo aumento das comissões da CGD, assim como pelos impostos indiretos que têm implementado. A realidade mostra uma coisa muito diferente da retórica do Governo. Mas nunca calarão o PSD para denunciar a maneira populista e demagógica de quem está no Governo”, disse.

O líder da oposição afirmou ainda que “um Governo deve ser independente, isento e imparcial, mas nenhum destes verbos joga com a geringonça. Continuamos a ter muita demagogia, populismo e disfarce, usado para coisas que não correm bem.”

Pedro Passos Coelho relembrou que o que se pratica é um modelo assente em baixos salários: ”quase ao mesmo tempo que saem os números de desemprego, o INE mostra que é cada vez maior a parcela dos que ganham o salário mínimo nacional. É isto que se está a passar. O emprego gerado não traz mais rendimento do que o que existia antes, e o Governo não sabe explicar isto. São os baixos salários a sustentar a economia”.

“Para que a situação se revertesse, era necessário fazer as reformas que iniciámos e aproveitar a conjuntura, pois o futuro depende do fôlego que tivermos hoje para o preparar” disse Passos.

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