Vários trabalhadores do Pingo Doce estiveram ontem concentrados em frente à loja da avenida de Boavista, no Porto, exigindo um aumento salarial de 40 euros e 25 dias úteis de férias, bem como uma melhoria das condições de trabalho.
Os funcionários da cadeia de supermercados acusam a administração de promover uma política que “privilegia o silenciamento e a ausência de respostas aos problemas e reivindicações dos trabalhadores” e dizem que a empresa se “recusa” a reunir com o sindicato.
Segundo Marisa Ribeiro, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp), a administração do Pingo Doce afirma que não pode proceder a aumentos salariais porque “não há dinheiro”. Embora a empresa tenha apresentado mais de 500 milhões de euros de lucro, “há trabalhadores com mais de 20 anos na empresa, que recebem pouco acima dos 600 euros”.
O sindicato reivindica ainda a atribuição de 25 dias úteis de férias, o “respeito pelo direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar” e o “fim das pressões e assédio aos trabalhadores”. Os trabalhadores do Pingo Doce pedem ainda o fornecimento de fardamento “apropriado e em quantidade suficiente” e a garantia de condições de higiene, saúde e segurança no trabalho.
Fonte oficial do Pingo Doce garante que, em relação aos salários, a empresa “cumpre integralmente” o “acordo coletivo de trabalho aplicado ao setor da distribuição” num universo de mais de 27 mil colaboradores. No que diz respeito às férias, “os colaboradores do Pingo Doce, tal como os demais colaboradores do grupo em Portugal, gozam o regime de férias estabelecido no Código de Trabalho”.
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