Este Mundial de Futebol tem sido muito atípico, uma verdadeira caixinha de surpresas. Seleções como o Brasil ou Argentina– favoritas à partida – têm enfrentado grandes dificuldades nos seus jogos e a utilização do vídeo-árbitro (VAR) pela primeira vez numa competição desta natureza tem corrigido erros com forte influência nos resultados, contribuindo, contudo, para a afirmação da verdade desportiva.
Para Portugal, mais focado nos resultados e menos nas exibições, este Mundial está a corresponder aos objetivos definidos na medida em que, com uma vitória e dois empates, está garantida a passagem para a etapa seguinte. Esperemos que os oitavos de final nos devolvam uma seleção mais equilibrada e eficaz, que nos assegure uma vitória em cada jogo, pois só isso nos pode interessar agora.
Um dos nossos maiores trunfos é, sem dúvida, Cristiano Ronaldo, em grande nesta competição e responsável por quatro golos em três jogos da seleção, considerado já um dos melhores jogadores deste Mundial. E quanto valerão os craques como Cristiano Ronaldo?
O Observatório do Futebol (CIES) fez as contas tendo por base o valor estimado de transferência dos 23 convocados para a competição e concluiu que Portugal ocupa o 8º lugar no ranking das seleções mais valiosas (liderado pela França) com 725 milhões de euros e muito à custa do seu número 7, que, sozinho, tem um valor estimado em 103 milhões de euros.
Convém frisar que estes são números calculados antes do início do Mundial. No final, como será? Uns valerão mais, outros menos, tudo depende dos resultados dos jogos e da qualidade das seleções e de cada um dos jogadores. Para já, é de registar a qualificação para os oitavos de final de equipas de menos valor como a Suécia ou a Croácia e a exclusão de outras mais fortes como a Alemanha ou a Polónia.
A FIFA vai distribuir cerca de 344 milhões de euros em prémios (+12% do que em 2014), reservando 30 milhões para o vencedor. Segundo um estudo do IPAM, o impacto económico de uma vitória de Portugal traria um retorno de cerca de 700 milhões, o que a somar ao prémio da FIFA e à valorização dos passes dos jogadores, poderia chegar aos mais de mil milhões de euros. Este impacto equivale a um gasto de cerca de 65 euros por cada português ao longo de 50 dias (35% gastos em casa, 15% restauração, 22% publicidade, 6% apostas online etc.). São muitos os sectores da economia que beneficiam quando Portugal marca e ganha.
Vamos, portanto, lutar pela vitória e pela excelência de Portugal, e já agora por um impacto de mil milhões na nossa economia… venham daí!