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Portugal pode tornar-se um deserto de pessoas?

A Fundação Francisco Manuel dos Santos inicia em maio a publicação de uma dezena de estudos científicos. O primeiro é sobre migrações e sustentabilidade demográfica e chega já dia 22.
REUTERS/Denis Balibouse
4 Maio 2017, 13h51

Sabia que … se não existirem migrações, a população residente em Portugal deverá diminuir dos 10,4 milhões de pessoas em 2015 para cerca de 7,8 milhões em 2060? e que … para manter a dimensão da população ativa nos próximos 45 anos, será necessário, em média, um saldo migratório de 75 mil pessoas por ano?

O estudo “Migrações e Sustentabilidade Demográfica”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) perspetiva a evolução da sociedade e da economia portuguesas, através da resposta a questões fundamentais à existência do país: Será mesmo verdade que em 2060 Portugal estará praticamente deserto? Inverter o atual saldo migratório negativo seria suficiente para repor o equilíbrio demográfico? Qual o impacto das migrações no sistema de Segurança Social, especialmente nas reformas?

“O estudo apresenta resultados inquietantes, que dificilmente deixarão os portugueses indiferentes”, avançou, esta manhã, Pedro Magalhães, diretor científico da FFMS, num encontro com jornalistas.

Coordenado por João Peixoto, professor do ISEG, o estudo será apresentado a 22 de maio, pelas 14h30, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, pelo pelo investigador e pela socióloga Daniela Craveiro, também do ISEG. As conclusões serão comentadas por Maria João Valente Rosa, demógrafa da Fundação, e debatidas, logo a seguir, por um painel composto por António Vitorino, advogado e político, a economista Cátia Batista, o geógrafo Jorge Malheiros, a socióloga Margarida Marques e o filósofo Paulo Tunhas.

“Migrações e Sustentabilidade Demográfica” é o primeiro das duas dezenas de projetos de investigação apoiados pela Fundação no triénio 2015-2017  a ser lançado. No âmbito da sua produção científica, que assenta em três eixos principais – Bom Governo e Democracia; Coesão Social e Justiça Intergeracional; e Inovação, Investimento e Crescimento Económico, a FFMS, desenvolveu cooperação com equipas de oito universidades portuguesas e três estrangeiras.

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