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Portugal vai ter mais sobreiros por hectare e com produção mais rápida

Novas técnicas florestais vão permitir que o tempo para a primeira extração de cortiça de um sobreiro passe dos atuais 25 anos para entre oito e dez anos, além de proporcionar a plantação de mais sobreiro por hectare.
27 Dezembro 2016, 16h39

Os ciclos de produção nacional do sobreiro em Portugal deverão reduzir-se já em 2017.

Segundo a APCOR – Associação dos Produtores de Cortiça, as novas técnicas florestais de fertilização e irrigação vão ajudar a encurtar o prazo inicial dos habituais 25 anos para a primeira extração de cortiça, podendo reduzir este período para oito a dez anos.

“A APCOR define como grande desafio do setor, nos próximos cinco anos, uma mudança do ponto de vista da floresta, onde se espera que haja uma maior proximidade entre indústria e produtores para que, com novas técnicas, hajam ciclos de produção mais curtos e mais sobreiros por hectare”, sublinha um comunicado da associação.

Para João Rui Ferreira, presidente da APCOR, “a separação entre a floresta e a indústria e, cada vez mais, reduzida, Temos vindo a assistir a uma relação contínua e plurianual, com a indústria a intensificar a investigação e a inovação nas práticas florestais”.

Este desafio intensifica-se na altura em quer comemora o 5º aniversário da declaração do sobreiro enquanto ‘Árvore Nacional de Portugal’.

“O sobreiro é a árvore de todos os portugueses e um forte símbolo do país, reconhecida pela inigualável importância na economia nacional. Neste sentido, é indiscutível que a nossas atenção com as questões florestais seja reforçada”, destaca João Rui Ferreira.

Recorde-se que Portugal tem a maior mancha de montado de sobro do Mundo e que 23% da área florestal no País e composta por sobreiros, o que contribui para a luta contra a desertificação social e para a diversificação da biodiversidade.

A APCOR representa 270 empresas do setor da cortiça, que são responsáveis por 80% do volume total de negócios e 85% das exportações portuguesas de cortiça.

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