É uma nova etapa no futebol espanhol. O mais recente critério das Finanças relativamente à tributação de taxas nas operações de transferências de jogadores de futebol e basquetebol compromete seriamente o trabalho dos agentes, que já não podem ser contratados pelos clubes espanhóis.
Agora são os próprios jogadores que têm de pagar as comissões aos agentes. A Autoridade Tributária acredita que as comissões fazem parte dos salários e, portanto, devem ser os jogadores e não as equipas a pagar. Esta nova regra tem as suas desvantagens para os jogadores e também para os próprios agentes, como reporta o El Mundo.
“Acontece que, seguindo este novo caminho, muitos jogadores estão agora a aprender realmente quanto ganham os seus agentes. Até hoje, os jogadores só tinham de concordar sobre o valor líquido que iam receber e ignoravam o resto”, afirmou um executivo de um dos três primeiros classificados do campeonato.
O pagamento dos serviços prestados pelos agentes estava sujeito a um IVA de 21%, mas, com o aperto das Finanças, ao ser considerado salário, a carga tributária aumentou 27 pontos percentuais, para os 48%.
Dado o elevado número de transferências, a tributação de comissões excede geralmente os 120 mil euros. Para uma transferência de 10 milhões de euros, uma comissão de 5% seria equivalente a 500 mil e 240 mil euros de impostos.
Em Portugal, o clube que mais pagou em comissões foi o Benfica, que gastou 30,105 milhões de euros entre abril do ano passado e março deste ano, quase o dobro do que os restantes clubes da Liga juntos.
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