A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai investir 2 milhões de euros na reabilitação de habitações nas freguesias do centro histórico da cidade. A medida faz parte do programa “Habitar o Centro Histórico” e destina-se à atribuição de edifícios a preços acessíveis a residentes com dificuldades financeiras, estando previsto até ao final do ano a reabilitação de mais de 100 fogos.
“Neste momento, cerca de 70 edifícios estão em obras, um já concluído, os outros estão prestes a ser concluídos. A previsão é de que até ao final do ano todas as obras estarão concluídas”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, durante uma visita a alguns dos edifícios que fazem parte do programa de habitação a preços acessíveis no centro da cidade.
O concurso para a atribuição destas habitações destina-se a moradores com dificuldades económicas comprovadas e que estão em risco de perder a sua habitação e que residam nestas quatro freguesias. O programa foi criado para responder à pressão imobiliária que atinge estes moradores desde a entrada em vigor da “lei das rendas” e o crescimento do turismo.
Fernando Medina recordou que “houve idosos a terem de abandonar as suas casas porque há cinco anos não se tinham apercebido de que tinham transitado para o novo regime do arrendamento urbano ou enfrentaram graves dificuldades económicas”. “Esta é uma resposta às pessoas que vivem no centro histórico e têm uma necessidade de habitação”, afirmou.
As candidaturas a este programa abriram a 5 de março e estão disponíveis até dia 5 de maio. Os candidatos deve preencher um formulário próprio disponível aqui, devendo anexar, em formato digital, a declaração de compromisso assinada e os documentos solicitados. A candidatura pode também ser feira presencialmente nas Lojas Lisboa, por marcação, entre as 10h e as 17h.
“Queremos dar a estas pessoas a garantia de que encontrarão aqui uma solução por parte da Câmara de Lisboa”, explicou o autarca. “Este património não é para ser vendido, nem para ser arrendado a preços de mercado. É para ser dado às pessoas com mais dificuldades, que estão em risco de perder a sua habitação. Assim, vão poder ter uma casa própria no centro histórico, naquele que muitas vezes é o bairro das suas vidas”.
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