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Santuário de Fátima investiu 2 milhões de euros no centenário das Aparições

O vice-reitor do Santuário de Fátima, Vítor Coutinho, revelou que os gastos diretamente relacionados com a celebração do centenário em projetos e iniciativas foram de 1,5 milhões de euros. Já as despesas com a visita papal cifraram-se em 560 mil euros.
Tony Gentile/Reuters
3 Novembro 2017, 08h53

O Santuário de Fátima anunciou hoje que as comemorações do centenário das Aparições de Fátima tiveram um custo de cerca de dois milhões de euros durante os sete anos de preparação das iniciativas.

O vice-reitor do Santuário de Fátima, Vítor Coutinho, revelou que os gastos diretamente relacionados com a celebração do centenário em projetos e iniciativas foram de 1,5 milhões de euros. Já as despesas com a visita papal cifraram-se em 560 mil euros.

“Os valores que vão ser apresentados referem-se a um ciclo de sete anos, que teve início em novembro de 2010 e que terminou em outubro de 2017. Corresponde a todo o itinerário celebrativo, que incluiu mais de 150 iniciativas, algumas com maior visibilidade do que outras, com projetos que tiveram custos pontuais e outros que exigiram um financiamento dilatado no tempo”, explicou Vítor Coutinho.

Segundo o vice-reitor, as opções tomadas tiveram em conta alguns critérios, nomeadamente “enriquecer o conjunto de propostas habituais do Santuário, abranger a diversidade de perfis e de interesses dos peregrinos e visitantes, e criar património que permanece como herança para as gerações futuras”.

Vítor Coutinho acrescentou que o programa foi planeado tendo em conta “o objetivo maior de servir os peregrinos e visitantes do Santuário e de ir ao encontro dos inúmeros devotos e interessados em Fátima em todo o mundo”.

Houve a preocupação de “criar condições de acolhimento, de diversificar as propostas de atividades e os apoios a todos os que passam por Fátima”.

Durante estes sete anos, o Santuário manteve os seus apoios sociais em Portugal e no estrangeiro, no valor de 5,3 milhões de euros, e à Igreja em Portugal, a quem foi atribuído 4,9 milhões de euros.

Nestes custos “não se incluem algumas obras realizadas”, como o novo Altar do Santuário e a restauração da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, precisou o reitor do Santuário, Carlos Cabecinhas, recusando divulgar os números, enquanto “uma série de questões de caráter tributário não estiverem devidamente esclarecidas”.

Carlos Cabecinhas salientou, no entanto, que o Santuário presta contas, “sempre de forma transparente, a quem tem de o fazer, ao Conselho Nacional para o Santuário de Fátima”.

Sobre os apoios sociais, o reitor sublinhou que os números têm aumentado, “sobretudo no contexto da crise”.

“Já anteriormente, o Santuário tinha um elevado número de apoio com caráter social. Se tem havido agora um acréscimo neste donativo, tem a ver com a perceção de momentos difíceis que fomos passando e da necessidade do Santuário adequar a sua resposta à situação concreta em que vivemos”, frisou.

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