“Não podemos decidir sozinhos aquilo que vamos estabelecer para a pescaria da sardinha, mas [a reunião com os representantes dos produtores] permitiu-nos ter mais informação e agora o IPMA vai trabalhar para saber qual é o limite máximo que podemos propor, que pode ir acima das 14 mil toneladas”, referiu.
Há uma semana, Ana Paula Vitorino disse que o Governo ia propor que o limite de captura de sardinha para a Península Ibérica fosse fixado entre as 13,5 e as 14 mil toneladas.
Em declarações aos jornalistas, após reunir-se com a Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP-Cerco), Ana Paula Vitorino sublinhou que o Ministério tem como objetivo continuar a recuperar o ‘stock’, para que se possa continuar a pescar hoje e também daqui a 20 anos”.
Mas, realçou, “houve troca de informação que, por um lado, fez com que se percebesse melhor as medidas que estavam em cima da mesa […] e também se estabeleceu regras de preparação para o futuro, que têm a ver com uma maior proximidade entre o trabalho cientifico e o trabalho profissional”.
De acordo com o parecer científico do ICES, divulgado no dia 20, o ‘stock’ de sardinha tem vindo a decrescer de 106 mil toneladas em 2006 para 22 mil em 2016, por isso, recomenda que, em 2018, seja suspensa a captura deste peixe.
Contudo, aponta para vários cenários de capturas, estabelecendo como limite 24.650 toneladas.
Já em 2016, o organismo científico recomendava que Portugal devia parar por completo a pesca da sardinha durante um período mínimo de 15 anos para que o ‘stock’ de sardinha regresse a níveis aceitáveis.
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