Esta é a posição defendida por António Costa em comunicado, após o embaixador Pereira Gomes ter renunciado às funções de secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), na sequência da controvérsia em torno da sua atuação quando chefiou uma missão ao referendo de setembro de 1999, que levou à independência de Timor-Leste.
Numa referência a esses controversos episódios após o referendo em Timor-Leste, o líder do executivo diz ter concluído que o embaixador José Júlio Pereira Gomes “não teve um comportamento pessoal e profissional desadequado, confirmado, aliás, pelo facto de após esta missão e ao longo de 18 anos ter prosseguido a sua carreira, tendo sido sucessivamente objeto de promoção em 2002, 2005 e 2015, até atingir o topo da sua carreira como embaixador”.
“Mantenho por isso a confiança que justificou a sua indigitação”, frisa o primeiro-ministro no comunicado.
Perante “o questionamento público” da indigitação do embaixador José Júlio Pereira Gomes para o cargo de secretário-geral do SIRP, o chefe do Governo diz ter sido seu dever “avaliar as alegações relativas à sua missão em Timor Leste em finais de junho/setembro de 1999”.
Assim, António Costa refere ter falado pessoalmente com vários responsáveis políticos e diplomáticos à época do referendo em Timor-Leste, casos do então primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), António Guterres e Jaime Gama.
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