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Solar Trade Association garante mais uma conferência internacional em Lisboa em 2019

O anúncio foi efetuado na passada terça-feira, em Dublin, no decurso da conferência da solar Trade Association deste ano, em que Portugal foi um país convidado.
18 Março 2018, 15h56

A Solar Trade Association, a entidade mais representativa da indústria solar no Reino Unido, anunciou esta semana que vai realizar em Lisboa, no próximo ano, a 19 e 20 de março, a conferência Large Scale Solar Europe, para a promoção da energia fotovoltaica no continente europeu.

O anúncio foi efetuado na passada terça-feira, em Dublin, no decurso da conferência da solar Trade Association deste ano, em que Portugal foi um país convidado.

O secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, participou neste evento como orador principal.

O convite a Portugal teve por base a singularidade do modelo português, apontado como um ‘case study’ e um exemplo para outros mercados que apostam na promoção da energia fotovoltaica, já que fomenta atualmente apenas a construção de centrais fotovoltaicas sem tarifas subsidiadas, que onerem a fatura dos consumidores.

Atualmente, Portugal tem instalada uma capacidade de energia renovável na ordem dos 13.600 Megawatts (Mw), que resulta do esforço do compromisso assumido com a Comissão Europeia para se alcançar, até 2020, uma quota de 31% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final de energia.

Segundo dados da Secretara de Estado da Energia (SEE), a que o Jornal Económico teve acesso, Portugal já atingiu 92% desse objetivo.

De acordo com os dados disponibilizados pela SEE, “em 2018, o sobrecusto da energia renovável produzida em Portugal deverá atingir os 1.200 milhões de euros”.

“Por exemplo, os preços pagos pela energia eólica rondam, em média os 93 euros, e o setor fotovoltaico os 300 euros. Isto fez com que a dívida tarifária atingisse, em 2015, os 5.080 milhões de euros. Na sequência das várias medidas de cortes nas rendas do setor, no final deste ano, este valor [de défice tarifário das energias alternativas] deverá ficar nos 3.653 euros”, promete uma nota da SEE.

O mesmo documento a que Jornal Económico teve acesso acrescenta que “uma das opções incidiu na promoção de um sistema de remuneração baseado em preços de mercado, sem subsídios que onerem a fatura dos consumidores”.

A Secretaria de Estado da Energia adianta que, até ao momento, já foram aprovados 22 projetos de centrais solares, correspondentes a 806 Mw e a um investimento potencial de 596 milhões de euros.

Adicionalmente, há mais de dois mil Mw em processo de licenciamento para novas centrais fotovoltaicas em Portugal, revela a SEE.

 

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