O PSI 20 fechou a perder 0,42% para 4.721,38 pontos, com 12 cotadas no vermelho, cinco no verde e uma inalterada, numa sessão marcada pela subida dos juros da dívida portuguesa a 10 anos para acima do patamar dos 4% pela primeira vez desde fevereiro de 2016.
A pressionar o índice estiveram a retalhista Sonae, que caiu 1,93%, e as energéticas EDP Renováveis e Energias de Portugal, com descidas de 0,81% e 1,07%, respetivamente. A NOS também castigou a praça portuguesa, com uma queda de 2,23%.
Em contraciclo, a Pharol destacou-se com um disparo de 4,59%. Ainda pela positiva, o peso-pesado Galp Energia valorizou 0,84%, enquanto o BCP inverteu a tendência das duas últimas sessões e avançou 0,53%.
Ainda na banca, a escolha do fundo americano Lone Star como candidato preferencial para comprar o Novo Banco esteve em destaque, embora as negociações ainda não estejam encerradas com os outros dois candidatos – a Apollo e a China Minsheng.
“O Banco de Portugal, no cumprimento do seu mandato relativamente ao processo de venda do Novo Banco, concluiu com base nos elementos disponíveis nesta data que o potencial investidor Lone Star é a entidade mais bem colocada para finalizar com sucesso o processo negocial tendente à aquisição das ações do Novo Banco e decidiu convidá-lo para um aprofundamento das negociações”, lê-se num comunicado emitido pela instituição gestora do Fundo de Resolução, que é o dono do Novo Banco.
O mercado de dívida também esteve em foco. A taxa de juros das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos disparou 14 pontos base para 4,031%, tendo chegado a tocar nos 4,055%, impulsionado pelo aumento da inflação na zona euro. Essa ‘yield’ da dívida de Portugal, ultrapassou assim um patamar acima do qual a agência de rating canadiana DBRS, que é a única que têm a notação do país em grau de investimento, disse não estaria “confortável” .
Os mercados accionistas europeus encerraram mistos. O espanhol IBEX subiu 0,29%, e o holandês AEX perdeu 0,21%.
Os preços do petróleo transacionam em leve alta, com o Brent nos 56,53 dólares por barril, e o Crude nos 53.34 dólares.
No mercado cambial, o dólar perde terreno face a algumas divisas mundiais, como consequência da incerteza em relação às políticas da administração de Trump manifestada nas minutas do encontro de dezembro da Fed. O euro valoriza 1,05% para 1,0597 dólares, e a libra esterlina ganha 0,75% para 1,2414 dólares.
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