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Theresa May quer aproximação comercial à China

O Reino Unido quer reforçar os acordos comerciais com a China com o intuito de tornar a economia britânica mais global. Visita de Theresa May a Pequim está para “breve”.
23 Janeiro 2017, 20h55

A primeira-ministra britânica, Theresa May, continua a estratégia de tornar a economia do Reino Unido “mais global”, anunciada no discurso da semana anterior onde explicou a rota definida para abandonar a União Europeia. Após a visita a Washington, agendada para esta semana, o governo britânico já tem o próximo destino escolhido: a segunda maior economia do mundo, a China.

Theresa May colocou uma visita oficial à China na agenda “relativamente em breve”, com o objetivo de reforçar os acordos comerciais do Reino Unido, disseram autoridades britânicas e chinesas, avança o Financial Times.

“Certamente que vou fazer uma visita à China e estamos à procura do momento oportuno. Estamos obviamente a olhar para a nossa relação comercial com a China”, disse Theresa May ao Financial Times numa entrevista a semana passada. 

O Fórum Económico Mundial, em Davos, tornou Xi Jinping num dos maiores destaques do encontro mundial. O líder chinês apelou ao livre comércio entre os países e que os Estados não caíssem no proteccionismo que comparou a “trancar-se num quarto escuro”, numa alusão aos discursos de Donald Trump, a que nunca se referiu diretamente. 

A primeira-ministra britânica mostrou-se satisfeita com o discurso de Xi Jinping. “Acho que uma das coisas que foi interessante para as pessoas em Davos foi o discurso do Presidente Xi e os comentários que ele fez sobre a importância do livre comércio em todo o mundo”, disse. 

Por outro lado, a China poderá procurará o apoio do Reino Unido, após a deterioração das relações sino-americanas com a eleição de Donald Trump. O Financial Times cita uma fonte do governo chinês que defende que “a China pode potencialmente ajudar o Reino Unido num momento difícil e o Reino Unido também pode ajudar a China”.

Pequim estará “apenas à espera para ver qual será a verdadeira política de Trump”, diz a mesma fonte ao jornal britânico. No entanto, “o compromisso com o livre comércio não mudará e a importância que atribuímos aos laços do Reino Unido permanecerá”, acrescentou ainda. 

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