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Uber quer chegar aos céus e alia-se à NASA

Trata-se da colaboração da Uber com uma agência governamental com o objetivo de operar uma rede aérea de ridesharing a nível global.
Cristina Bernardo
8 Novembro 2017, 11h04

O diretor de produto da Uber, Jeff Holden, veio a Portugal para anunciar os seus planos de partilha de viagens aéreas. O representante da Uber anunciou em primeira mão que fez um acordo com a NASA para desenvolver a gestão de tráfego e de sistemas a éreos (Space Act Agreement – Ato Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos).

“Estamos muito entusiasmados com a energia envolvente”, disse Jeff, sobr a primeira colaboração da Uber com uma agência governamental com o objetivo de operar uma rede aérea de ridesharing a nível global.

A empresa de transporte de passageiros escolheu Lisboa para apresentar os seus planos de lançar os primeiros voos de demonstração da UberAir em 2020. Jeff Holden explicou que fizeram parcerias com sete empresas do setor da aviação, como Aurora, Embraer ou Mooney e que estão a colaborar com equipas de design para melhorar a experiência.

A UberAir consiste numa rede de aeronaves elétricas que vão permitir transportar até quatro passageiros. Os testes com os novos tipos de aviões começaram depois de uns com helicópteros, que acabaram por não correr como esperavam, contou o responsável da Uber.

As comunidades onde foram testados não os aceitam muito bem por serem barulhentos e não seguros o suficiente para a quantidade de viagens que a empresa iria requerer. Assim, começaram o desafio de estudar onde podiam melhorar essas lacunas e elaboraram de um estudo inovador na indústria, pondo em cima da mesa as aeronaves híbridas. Problema de som resolvido.

Na grande cimeira tecnológica, Jeff Holden disse que a Uber quer que haja um movimento de pessoas limpo, eficiente, rápido e barato. “As cidades tem problemas. Já devem ter percebido. Doi terços da população mundial vive mas cidades. (…) Há um tempo atrás começámos a pensar a sério na partilha de viagens no céu”, sublinhou.

O CPO da empresa fez referência à evolução da plataforma ao longo do tempo – algo que Paddy Cosgrave se tinha antecipado a destacar – e enfatizou que evoluíram do serviço normal para a partilha de carros para poder dividir as despesas do carro. Agora, pretendem dividir as despesas do avião.

No painel “Quanto tempo faltará até que a Uber chegue através de céu em vez da estrada?”, Jeff contou ainda os projetos nos carros de condução automática. “Para aumentar a segurança e poupar temos a autocondução. Já tínhamos testado este sistema e estamos a expandi-ló”, assinalou, acrescentando que a sua equipa na ata “está a trabalhar a serio para trazer esta tecnologia para vocês”.

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