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Vacina da AstraZeneca provocou efeitos secundários em alguns profissionais de saúde

“As reações relatadas são as esperadas com base nas evidências que recolhemos no nosso programa de testes”, indicou um porta-voz da farmacêutica.
  • REUTERS
18 Fevereiro 2021, 16h44

As autoridades de saúde estão a registar algumas reações adversas à vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca, nomeadamente por parte de trabalhadores da saúde, que são forçados a tirar alguns dias para recuperar dos sintomas, sobrecarregando ainda mais os sistemas de saúde, revela a “Reuters”.

Os sintomas que alguns profissionais de saúde sentem foram relatados nos resultados dos ensaios clínicos da AstraZeneca e incluem temperatura corporal elevada e dores de cabeça, sendo que a farmacêutica assume que estes sintomas são sinais de que o corpo está a garantir uma resposta imunológica à vacina. A AstraZeneca adiantou ainda que os sintomas desaparecem ao fim de dois dias.

Ainda assim, não só a vacina da AstraZeneca produz efeitos secundários. Os relatórios das vacinas desenvolvidas pela BioNTech/Pfizer e pela Moderna também apresentam estes efeitos temporários, os quais podem incluir ainda fadiga. “As reações relatadas são as esperadas com base nas evidências que recolhemos no nosso programa de testes”, indicou um porta-voz da farmacêutica.

Autoridades em França já emitiram orientações especiais para a administração da vacina, duas regiões da Suécia interromperam a vacinação com a vacina da AstraZeneca e alguns trabalhadores na Alemanha recusam ser vacinados com a vacina produzida pela farmacêutica anglo-sueca.

Em França, por exemplo, uma equipa de um hospital na Normandia revelou sentir efeitos secundários mais fortes do que os que estavam a ser observados com a vacina da BioNTech/Pfizer. “A AstraZeneca causou mais efeitos colaterais do que a vacina da Pfizer”, referiu Melanie Cotigny, responsável de comunicação do hospital Saint-Lo na Normandia, à “Reuters”.

De relembrar que a AstraZeneca foi a terceira farmacêutica a obter aprovação da União Europeia para distribuir a vacina pelos estados-membros, embora a Agência Europeia do Medicamento tenha concluído que esta era 60% eficaz, face aos 90% de eficácia que as vacinas da Pfizer e da Moderna garantiam.

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