A ilha de Henderson, uma das mais remotas do Oceano Pacífico, tem zero habitantes, 18 toneladas de plástico e 38 milhões de detritos, de acordo com os cientistas marinhos da Universidade da Tasmânia.
Mesmo estando afastada da sociedade, a ilha é considerada a mais poluída do mundo com a maior densidade de detritos antropogénicos, isto é, resíduos derivados das atividades e ações humanas, noticia o The Guardian.
A equipa de cientistas afirma que, todos os dias, dão à costa cerca de 13 mil detritos, mas a maioria do lixo está enterrada na areia. Cerca de 99,8% do lixo encontrado são plásticos que provam a atual degradação do meio ambiente, causada pelos elevados níveis de poluição.
Em declarações à Bloomberg, a responsável do estudo, Jennifer Lavers, diz que “temos de repensar a nossa relação com o plástico. É um material criado para durar para sempre, no entanto, apenas é utilizado por momentos e depois deitado fora”.
“Eu viajei por algumas das mais distantes ilhas do mundo e, independentemente de onde fui, o ano ou a área do oceano, a história é geralmente a mesma: as praias estão repletas de vestígios da atividade humana. Sempre pensei que o fato de ser uma ilha muito remota protegesse Henderson, mas estava completamente enganada. Fiquei sem palavras. Foi, por isso mesmo, que me dei a tanto trabalho para estudar e documentar ao detalhe este caso”, explicou a responsável ao The Guardian.
A ilha de Henderson é um lugar classificado como Património Mundial da Unesco. Apesar da estar distante da ação humana, a crise da poluição de plástico nos oceanos atinge os locais mais improváveis.
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