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Reguladores norte-americanos fazem leilão para encontrar comprador para o SVB

A FDIC, agência federal de garantia de depósitos, tinha apresentado como prazo limite inicial esta tarde para a apresentação de ofertas pelo Silicon Valley Bank.
Tony Webster
12 Março 2023, 22h30

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), agência norte-americana de garantia de depósitos, está a liderar um leilão para encontrar um potencial comprador para o Silicon Valley Bank (SVB) depois de o governo dos Estados Unidos ter dito que iria ajudar os depositantes e tentar impedir o contágio do colapso de sexta-feira no sector bancário.

A licitação inicial terminou este domingo às 18h00 (hora de Lisboa), embora o prazo possa ser prorrogado, avança o jornal britânico “Financial Times”, poucas horas após a secretária de Estado do Tesouro dos Estados Unidos ter vindo a público negar um resgate e garantir que há políticas em discussão para garantir que os depositantes têm acesso ao seu dinheiro.

Entretanto, a agência Reuters avança que o interesse de dois dos primeiros “pretendentes” à aquisição do SVB – o PNC Financial Group Inc e o Royal Bank of Canada – esfriou quando os reguladores norte-americanos lançaram convites a licitações pelo banco falido.

A FDIC tinha apresentado como limite esta tarde para apresentar ofertas pelo SVB, mas ainda não se sabe quais foram os bancos a avançar com uma proposta.

Janet Yellon havia revelado, pouco tempo antes, que um resgate ao banco não estava nos planos da administração Biden.  “Deixe-me esclarecer que, durante a crise financeira, houve investidores e proprietários de grandes bancos sistémicos que foram socorridos e as reformas implementadas significam que não o faremos novamente”, afirmou a ex-presidente da Reserva Federal, em entrevista ao canal “CBS News”.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos esclareceu ainda que, após a falência do SBV, a sua equipa tem estado a ouvir os depositantes e supervisores para “projetar políticas apropriadas”. Por exemplo, a FDIC está a considerar uma “gama de opções disponíveis” para responder à situação, o que poderá incluir uma aquisição por um banco estrangeiro.

“O sistema bancário americano é efetivamente seguro e bem capitalizado. É resiliente. Após a crise financeira de 2008, foram implementados novos controlos e melhor supervisão de capital e liquidez, e [o sistema bancário] foi posto à prova no início da pandemia e confirmou a sua resiliência. Logo, os americanos podem ter confiança na segurança e solidez do nosso sistema bancário”, garantiu, na mesma entrevista à estação televisiva.

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