O número de empresas com dez ou mais trabalhadores cresceu, mas encolheu a fatia destas que estão inscritas em associações de empregadores. De acordo com o Balanço Social, que tem por base os dados cedidos pelas empresas no Relatório Único, em 2021, menos de um quarto dos empregadores tinham filiação a associações, mantendo-se a tendência decrescente registada nos anos anteriores.
De acordo com o documento que foi publicado no Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, em 2021, havia 46.774 empresas com dez ou mais pessoas ao serviço, mais 376 do que em 2020, ano em que se tinha registado um quebra de 643 face a 2019.
“Igual movimento se verificou no triénio no que ao total de pessoas ao serviço respeita: 2.373.619 em 2021, o que é superior em 31.968 pessoas a 2020, ano no qual se registara um decréscimo de 30.193 pessoas face a 2019”, explica o Balanço Social.
Já quanto à filiação em associação, a tendência tem sido de descida e 2021 não foi exceção: nesse ano, 23,9% das empresas estavam inscritas em associações de empregadores, abaixo da fatia registada em 2020 (24,9%), que tinha, por sua vez, ficado abaixo da fatia de 2019 (26,2%).
Por outro lado, o balanço publicado esta sexta-feira adianta que em 2021 o custo com pessoal médio anual das empresas portuguesas foi de 25.673 euros, mais 5,0% que em 2020.
Mais, entre os encargos com regimes complementares de Segurança Social, os destinados às pensões de velhice, invalidez e sobrevivência
constituíram a maioria, tanto no que diz respeito aos suportados e diretamente administrados pela empresa (59,4%), como nos não administrados (70,7%).
Avança-se ainda que o número médio de horas não trabalhadas foi de 187,1 em 2021, abaixo das 228 horas não trabalhadas registadas em 2020. “Tal traduziu-se numa taxa de ausência de 10,4% (12,5% em 2020 e 6,8% em 2019), tendo peso das horas remuneradas sido de 16,8% através do relatório único”, é detalhado.
Importa explicar que os múltiplos períodos de confinamento associados à covid-19 que marcaram o ano de 2020 explica, pelo menos, em parte os números apresentados relativamente a esse ano. Já em 2021, as restrições foram sendo aliviadas, mas ainda não totalmente, daí que a fatia de horas trabalhadas continue longe dos níveis pré-pandemia.
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