Mais de um terço (36%) dos portugueses acredita que, daqui a um ano, a sua situação financeira vai mudar para melhor, concluiu o estudo sobre finanças pessoais “Money Management Pulse”, divulgado esta terça-feira pela tecnológica Klarna.
A análise da Klarna aos principais hábitos de consumidores de 17 países, entre os quais Portugal, durante o primeiro trimestre do ano, demonstrou que a maioria dos consumidores se encontra positiva em relação ao futuro das suas finanças pessoais, com a Geração Z a mostrar-se, globalmente, mais otimista do que as restantes faixas etárias.
Portugal segue esta tendência geracional, com os inquiridos nascidos na segunda metade da década de 1990 até o início do ano 2010 a mostrarem-se mais positivos (67%) do que os baby boomers (35%), que dizem mesmo que a sua situação financeira irá piorar daqui a um ano.
Dos 17 países participantes no inquérito da empresa sueca de pagamentos faseados, apenas três não se encontram, na generalidade, otimistas relativamente ao futuro da sua situação financeira: Polónia (38%), França (32%) e Áustria (28%).
Sem surpresas, em Portugal o meio de pagamento mais utilizado é o cartão físico (52%), seguindo-se os 22% que pagam com o smartphone e os 21% que preferem fazer os pagamentos em numerário (cash). Em média, os consumidores nacionais têm 108 euros nas carteiras e fazem cerca de três levantamentos de dinheiro por mês.
“A proximidade geográfica entre países pode influenciar algumas das preferências no tipo de pagamento, com a Alemanha e a Áustria a destacarem-se pela elevada preferência pelos pagamentos a dinheiro; e os consumidores nos países nórdicos a raramente utilizá-los, com uma grande preferência pelos cartões de pagamento físicos”, lê-se no estudo da Klarna.
Há ainda diferenças na utilização desse dinheiro. Em Portugal, praticamente metade (49%) dos consumidores que entraram na amostra guarda as suas poupanças em conta bancária e menos de um terço (28%) investe em produtos financeiros. Por outro lado, a Suécia é o país onde mais se investe (53%) em produtos financeiros e é no Reino Unido que os consumidores mais guardam as suas poupanças em conta bancária (87%).
O inquérito “Money Management Pulse” do primeiro trimestre de 2023 envolveu entrevistas a 17.218 consumidores, conduzidas entre janeiro e março, sendo que em cada país foram contactados, pelo menos, mil cidadãos.
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