A Mota-Engil assinou dois contratos para a construção de ferrovias na Colômbia e no México num valor total de 1,7 mil milhões de euros, informou a empresa portuguesa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quarta-feira, 16 de novembro.
No documento, a construtora revela que o contrato foi assinado em regime de Parceria Público Privada (PPP) com pagamentos de disponibilidade indexados à inflação de 1,2 mil milhões de euros ao longo de 38 anos no México e um contrato de construção de uma ferrovia na Colômbia no montante de 450 milhões de euros (valores reais de 2020).
Em relação à ferrovia no México, o projeto inclui a construção, o material rolante e o financiamento do sistema de metropolitano elétrico de transporte coletivo urbano da Linha 4 do Metro de Guadalajara com uma extensão aproximada de 21 quilómetros e oito estações.
“Após o período de construção, o consórcio será o responsável único pela operação do sistema de cobrança de tarifas. Os pagamentos de disponibilidade encontram-se indexados à inflação e não apresentam risco de procura. Este projeto deverá servir inicialmente cerca de 117 mil passageiros diários, que crescerão para 230.000, ligando Guadalajara e Tlajomulco de Zúñiga na parte sul da área metropolitana de Guadalajara. Este projeto será o terceiro que a Mota-Engil irá executar na rede de metropolitano de Guadalajara”, indica o comunicado.
Já o projeto de ferrovia na Colômbia prevê a construção e o fornecimento de locomotivas para o “Metro de la 80” de Medellín com 13 quilómetros de extensão, 17 estações e capacidade para 179.400 passageiros diários. “O preço da componente de construção será ajustado de acordo com a inflação local. Este projeto beneficiará essencialmente a parte oeste da cidade de Medellín, melhorando a mobilidade e transformando positivamente o espaço público, estimando-se que o mesmo permita reduzir anualmente a emissão de 132 mil toneladas de CO2 na atmosfera”, lê-se no documento.
De recordar que a Mota-Engil está a realizar oito projetos de construção de ferrovia na América Latina, seis no México, um na Colômbia e um no Panamá, totalizando cerca de 657 quilómetros, dos quais 347 quilómetros correspondem a construção nova e 310a reabilitação.
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