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Uber Eats vai receber pedidos por voz na aplicação

“Queremos que as pessoas entrem na nossa aplicação durante todo o dia para vários produtos, ter serviço de canal de vendas para os parceiros e ser uma ferramenta de publicidade para eles”, disse o diretor da empresa ao JE.
Robert Anasch – Unsplash
24 Novembro 2022, 07h36

A aplicação da Uber Eats vai “brevemente” receber pedidos dos utilizadores através de voz, revelou esta quarta-feira o diretor-geral da Uber Eats em Portugal, no discurso de celebração dos cinco anos da empresa em Portugal.

Num palco no Hub Criativo do Beato, Diogo Aires Conceição levantou ligeiramente o véu sobre os projetos futuros da marca e contou como a app começou em Lisboa num autêntico “caos” em novembro de 2017, com mais procura do que oferta.

“A inovação é que o distingue a Uber. Portugal tem sido um país prioritário nas inovações, como aconteceu com o Uber Green, que lançámos em 2016 pela primeira vez em Portugal, ou mais recentemente os serviços de médico ao domicílio”, recordou, num evento que contou com a presença tanto dos parceiros de restauração, como a Portugália ou o Soão, até aos grupos de cosmética ou plantas, entre as quais a Amor e Lima.

Em entrevista ao Jornal Económico (JE), Diogo Aires Conceição reiterou que o principal objetivo da administração é “transformar a Uber Eats num hábito diário”. Ou seja, que o negócio de novos verticais (entregas de produtos de beleza, alimentação para animais de estimação ou eletrónica) “se torne tão grande ou maior que o de entrega de refeições”.

“Queremos que as pessoas entrem na nossa aplicação ao longo de todo o seu dia para vários produtos (mobílias, farmácia…), ter um serviço de websites para os parceiros terem o seu próprio canal de vendas para o consumidor final e ser uma ferramenta de publicidade para os parceiros”, explicou ao JE.

“Natal vai explodir as nossas vendas”, diz Boticário

Por exemplo, desde 2019 que é possível encomendar produtos do Boticário na Uber Eats. O JE falou com Iara Mendes Vieira, analista de Marca e Comunicação do grupo Boticário, que enaltece o facto de os cremes estarem – quase literalmente – à “distância de um clique”.

“Para nós faz todo o sentido, uma vez que, quando precisamos de algo, como mercearias ou comida, recorremos à Uber Eats. Quando se trata de algum momento ‘presenteável’ recorremos ao Boticário. Nada melhor que encontrar aqui sinergias entre duas empresas”, começa por explicar.

“Se quisermos fazer uma surpresa a alguém – falo por mim, que o fiz quando uma amiga minha entrou no Doutoramento – podemos entregar Boticário em casa de alguém. Conseguimos marcar as pessoas em pequenos momentos. Claro que o negócio não é sempre perfeito. É cíclico, mas nós consumimos em momentos-chave e no Boticário também há momentos-chave, como o Dia da Mãe ou o Natal. Ambicionamos um Natal que vai explodir as nossas vendas”, revelou Iara Mendes Vieira.

Então, e quem é hoje o português-tipo que encomenda pela Uber Eats? Diogo Aires Conceição diz que, no início, eram os early-adopters fãs dos novos lançamentos tecnológicos e os utilizadores da app de mobilidade (Uber Rides, das boleias), mas a Covid-19 acelerou o negócio com a entrada de novas pessoas.

Pandemia passada, a adoção estabilizou. “Atualmente, estamos numa fase em que, apesar de a taxa de crescimento ser um bocadinho mais lenta do que foi em 2020-2021, continua a haver crescimento, novas pessoas a entrar na categoria”, admite.

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