As taxas de juro continuam a subir e, apesar das leituras que dão conta de que a pior fase da subida de taxas já passou, o impacte sobre os rendimentos das famílias tem sido significativo, e assim deverá continuar durante mais algum tempo. Em menos de um ano, a Euribor a seis meses passou de valores negativos para valores acima dos 3,7%, o que significa que para casos de contratos de crédito a 30 anos as prestações mensais, dependendo do prémio de risco (ou spread), podem ter subido mais de 60% nas revisões de taxa.
Este ciclo de acentuadas subidas das taxas de juro segue-se a cerca de sete anos de taxas nulas, ou negativas, neste indexante, criando uma falsa sensação de segurança financeira relativamente a esta questão. Este tempo seria mais que suficiente para virar o paradigma em Portugal, para passarmos a olhar para um sistema com maior peso de créditos de taxa de juro fixa, em detrimento do atual sistema com taxa juro variável.
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