Hugo Santos Mendes foi ouvido na quarta-feira, um dia antes de Pedro Nuno Santos regressar ao Parlamento para uma segunda ronda de inquérito sobre a companhia aérea. O ex-secretário de Estado, que a certo momento se entitulou como ‘o secretário de Estado da TAP’, esclareceu os deputados da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP sobre o seu grau de envolvimento na gestão diária da transportadora. O antigo governante era o braço direito de Pedro Nuno Santos para a aviação e um e-mail enviado por si à ex-CEO, Christine Ourmières-Widener, divulgado durante a CPI, veio revelar que as comunicações entre a tutela e a empresa chegavam ao ponto de se pedir para alterar voos para acomodar a agenda da Presidência.
O ponto de partida era óbvio: o e-mail sobre o voo de Marcelo Rebelo de Sousa. Na mesma tarde em que Hugo Santos Mendes garantiu aos deputados não saber de onde partiu o pedido, a agência de viagens Top Atlântico assumia a versão já anteriormente apresentada pelo gabinete de Marcelo. Sobre o caso, que veio disparar alarmes quanto à informalidade com que a tutela interferia em matérias operacionais diz: “Penalizo-me pelo comentário que partilhei com a CEO sobre o Presidente da República” ser o maior aliado político da TAP. “Partilhei uma opinião, mas reconheço que não o devia ter feito, nem no seu conteúdo, nem na sua forma. Não partiu de mim a decisão de decidir nada. Limitei-me a partilhar uma opinião que foi sem dúvida infeliz”, admite.
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