A Agência Espacial Europeia (ESA) adjudicou à tecnológica espanhola GMV o desenvolvimento do segmento terrestre para o controlo e validação em órbita da segunda geração do Galileo (G2G). O projeto vale cerca de 200 milhões de euros e junta-se aos contratos anteriormente assinados para a primeira geração do Galileo (G1G), o que faz aumentar o investimento na GMV para os 500 milhões de euros desde 2018.
A empresa especializada em engenharia, desenvolvimento e integração de sistemas estará encarregue da evolução do Galileo, o sistema de navegação por satélite europeu, introduzindo de serviços e softwares novos, fazendo melhorias nos existentes e aumentando a precisão, a robustez e a segurança do sistema. O que será feito, concretamente? Inclusão de criptografia pós-quântica, implementação de microsserviços, melhorias na automatização, novas interfaces de utilizador, metodologia ‘Agile’, entre outros.
O objetivo é também reduzir os custos de manutenção de forma a consolidar e expandir a posição do Galileo – com mais de quatro mil milhões de utilizadores – a nível mundial. Para tal, o acordo anunciado esta terça-feira envolve contratar atividades, durante 42 meses entre 2023 e 2026, por aproximadamente 155 milhões de euros. Há opção de extensão até 2028.
“O segmento terrestre recentemente adjudicado irá encarregar-se do controlo das duas novas plataformas de satélites de segunda geração, atualmente em fase de desenho e produção, das quais se espera lançar um total de doze satélites nos próximos três anos. A entrada em operação do novo sistema terrestre de controlo está prevista para 2025, de maneira simultânea ao lançamento do primeiro satélite desta segunda geração”, adianta a GMV.
No G1G, a tecnológica com sede em Madrid e presença em Portugal implementou a primeira das duas versões contratadas para poder prestar serviços a 28 satélites. “A GMV irá executar ambos os contratos de maneira paralela até ao final de 2026, quando o segmento terrestre de controlo do Galileo será unificado para gerir até 50 satélites em paralelo durante a replanificação da constelação”, esclarece a multinacional, para a qual o Galileo é visto como “um vetor de crescimento fundamental”.
A maior parte dos três mil trabalhadores da GMV pertence ao sector espacial. A administração espera que este contrato gere contratações à medida que for sendo executado.
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