A procura de casa na região do Algarve foi sete vezes superior à nova oferta nos últimos dez anos. Esta foi uma das conclusões apresentadas pela consultora imobiliária JLL durante a conferência ‘Why Algarve’, na Quinta do Lago, realizada esta quinta-feira, 6 de julho.
Durante este período obsevou-se uma média anual de 1.500 habitações concluídas para 10.300 transacionadas. O ‘Triângulo Dourado’ que engloba Vale do Lobo, Quinta do Lago e Vilamoura destaca-se com oito fogos vendidos para cada novo fogo concluído durante este período.
Nota ainda para o Barlavento, onde a procura resultou na compra de seis casas por cada habitação nova que ficou concluída, e no Sotavento a diferença foi menor, de cinco casas vendidas para cada casa concluída.
Nestes dez anos, e segundo os dados do Instituto Nacional Estatística (INE) divulgados pela consultora, foram transacionadas 35.400 casas no ‘Triângulo Dourado’, por um valor aproximado de oito milhões de euros, tendo sido concluídas apenas 4.300 casas novas.
No período em análise, a procura na zona do Barlavento absorveu 47.450 casas, tendo a nova oferta verificado apenas 7.500 casas, num mercado que transacionou 7.026 milhões de euros.
Por sua vez, o Sotavento é o mercado com o menor número de transações, com 36.100 casas vendidas no valor de 4.444 milhões de euros, mas com o maior volume de nova oferta criada, num total de 7.600 novos fogos construídos.
Patrícia Barão, Head of Residential da JLL, considera que esta valorização do mercado algarvio resulta da conjugação do fortalecimento da região como destino internacional de investimento e da qualificação do produto que surge no mercado.
“Os britânicos continuam a ser predominantes entre os estrangeiros, mas há uma crescente diversificação de nacionalidades ativas na compra, bem como o alargamento dos seus alvos de interesse”, refere.
Já Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da JLL, destaca que “esta excelente dinâmica da procura imobiliária no Algarve é impulsionada não só pelo investimento para segunda habitação e turismo residencial, mas também pela expansão das necessidades de primeira habitação e o crescimento da população estrangeira”.
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