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Casas com menor eficiência energética penalizam crédito à habitação

Na exposição a particulares por via do crédito à habitação, a maior vulnerabilidade ao aumento dos preços da energia encontra-se nos escalões de rendimento mais baixo, conclui o Banco de Portugal no Relatório Anual sobre a Exposição do Setor Bancário ao Risco Climático.
6 Julho 2023, 17h05

Se for ao banco pedir um empréstimo para a compra de casa o certificado energético do imóvel pode penalizar os juros já que desvaloriza o colateral que serve de garantia ao empréstimo, ou seja a hipoteca. É o que se retira do diagnóstico que o Banco de Portugal fez aos riscos climáticos de transição, no que toca à exposição dos bancos a particulares no crédito à habitação.

Na exposição a particulares por via do crédito à habitação, a maior vulnerabilidade ao aumento dos preços da energia encontra-se nos escalões de rendimento mais baixo, conclui o Banco de Portugal no Relatório Anual sobre a Exposição do Setor Bancário ao Risco Climático.

No entanto apenas uma pequena parte dos empréstimos à habitação apresenta rácios loan-to-value (um rácio entre o valor que o banco lhe empresta para comprar casa e o valor do imóvel) elevados e está simultaneamente associada a imóveis com eficiência energética mais baixa.

A transição climática poderá afetar a capacidade de serviço da dívida das famílias por via do aumento dos preços da energia e da desvalorização dos imóveis com menor eficiência energética.

Estes efeitos podem implicar riscos para o sistema bancário associados à carteira de crédito à habitação, conclui o relatório.

As situações de maior vulnerabilidade face ao aumento dos preços da energia estão concentradas nos escalões de rendimento mais baixo (com menor capacidade de ajustamento).

“Apenas 4% dos empréstimos bancários à habitação apresenta rácios LTV superiores a 80% e estão associados a imóveis com uma eficiência energética mais baixa, mitigando os potenciais impactos da redução do valor dos colaterais imobiliários sobre os bancos”, revela o Banco de Portugal.

 

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