No dia 10 de julho, o Ministro das Finanças do Reino Unido apresentou um pacote de reformas para tornar o Reino Unido o mais inovador e competitivo centro financeiro do mundo. Estas reformas incidem em três áreas principais:
1. Incentivar as empresas a crescerem e a cotarem-se em bolsa. O Reino Unido tem um dos mais importantes centros financeiros do mundo, sustentado por um capital humano, uma infraestrutura financeira e um ambiente de negócios de vanguarda. Juntamente com o sector dos serviços profissionais, representou 275 mil milhões de libras no ano passado, cerca de 12% da economia britânica.
O Governo anunciou agora uma revisão dos mecanismos de análise de investimento, para que pequenas empresas de elevado crescimento possam ser avaliadas corretamente e atrair mais investimento; um novo tipo de plataforma de negociação que melhore o acesso das empresas aos mercados de capitais antes de serem cotadas em bolsa, potenciando a inovação e; um regime de prospetos mais simples e eficaz, permitindo às empresas angariar mais financiamento e fornecendo aos investidores informação de melhor qualidade.
2. Reformar o mercado das pensões, o maior da Europa, avaliado em mais de 2,5 biliões de libras, de forma a impulsionar o retorno para os aforradores e aumentar a liquidez de financiamento para as empresas de elevado crescimento.
3. Concretizar as oportunidades do futuro, reformando e simplificando o quadro regulatório do setor financeiro, tornando-o ágil para favorecer o crescimento, sem comprometer a estabilidade.
Este pacote de reformas surge associado ao importante Memorando de Entendimento sobre cooperação no domínio dos serviços financeiros, assinado no mês passado entre o Reino Unido e a União Europeia. Esse memorando estabelece uma relação construtiva e mutuamente benéfica, através da criação de um fórum permanente para debater questões regulamentares de interesse mútuo, partilhar informações e promover a transparência.
O reforço da cooperação nos serviços financeiros trará enormes benefícios, tanto para o Reino Unido como para os nossos vizinhos europeus, como Portugal. Um centro financeiro forte em Londres é uma fonte indispensável de capital para financiar a transição energética por toda a Europa, desenvolver as tecnologias mais inovadoras e disruptivas, como a Inteligência Artificial, e promover a prosperidade das nossas sociedades.