A EDP conseguiu aumentar a produção de energias renováveis no primeiro semestre do ano em 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Até junho deste ano, as renováveis representavam 87% da geração total de eletricidade nos mercados onde opera.
Nos primeiros seis meses do ano, a empresa adicionou um total de 2,1GW (gigawatts) de projetos renováveis ao seu portfólio, com estes a levarem a capacidade instalada de eólica e solar aos 15,4GW em junho de 2023 quando em comparação com o ano anterior. Trata-se de um aumento de 10% face a junho do ano passado, ou o acréscimo de 1,4GW.
“A capacidade de energias renováveis em construção atingiu um recorde de 5GW (+1,1GW em relação a dezembro de 2022), abrangendo projetos em 15 mercados na Europa, Américas e Ásia Pacífico”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa informa ainda que a geração hídrica na Península Ibérica aumentou 68%, face ao período homólogo, ainda que a produção hídrica tenha ficado abaixo do esperado (-0,3TWh), uma quebra explicada pelo facto do segundo trimestre do ano ter sido seco.
“No final de junho, os níveis de reservatórios hídricos permaneceram nos 80%, 8 pontos percentuais acima da média histórica, o que suporta as perspetivas de produção hídrica para os meses seguintes”, indica a empresa.
Já a geração de eólica e solar aumentaram apenas 1% em relação ao período homólogo. Este aumento ligeiro é “resultado da maior capacidade instalada, apesar dos menores recursos eólicos e solares em comparação com o primeiro semestre de 2022, com a Europa e a América do Norte a representar 33% e 52% do total de geração, respetivamente”.
“A geração no primeiro semestre de 2023 na América do Sul e Ásia Pacífico mais do que duplicou em termos homólogos, impulsionada pela maior capacidade eólica no Brasil e maior capacidade solar na Ásia Pacífico. Adicionalmente, o plano de rotação de ativos para 2023 continua a evoluir positivamente, com a expectativa de que as transações se intensifiquem no segundo semestre”, sublinha no comunicado.
Já em termos de geração de energia térmica, a empresa evidencia uma diminuição de 48% em termos homólogos, com o carvão a cair 51% face ao período homólogo. Esta queda “resulta da recuperação hídrica e aumento da geração renovável na Península Ibérica. No Brasil, a geração de carvão continuou a zero no primeiro semestre de 2023, devido aos bons recursos hídricos”.
A eletricidade distribuída nos primeiros seis meses do ano cresceu 1% em Portugal, apesar de uma diminuição de 1% na Península Ibérica, refletindo um maior peso de Espanha. Já no Brasil, a distribuição de eletricidade cresceu 2%.
Em termos de volume comercializado, na Península Ibérica caiu 8% face ao mesmo período do ano passado. Esta quebra deveu-se “à diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”. Os volumes também caíram 34% no gás.
Os dados citados no comunicado à CMVM mostram que o mercado português liberalizado perdeu clientes (4%) entre janeiro e junho deste ano, enquanto o mercado regulado viu uma subida de 4%.
Já no gás, o número de clientes no mercado liberalizado recuou 24% para 493 mil, enquanto o o mercado regulado cresceu 242% nos mesmos termos para 106 mil clientes.
Esta troca entre o mercado liberalizado e o regulado deve-se ao aumento do preço da eletricidade e do gás, o que levou muitos portugueses a fazerem as contas aos consumos que as suas faturas apresentam e a fazer escolhas.
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