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Wall Street arranca semana na linha d’água, expectante com resultados

A praça nova-iorquina viu os três principais índices iniciarem a sessão com alguma inércia. Dow Jones recua, mas índices empresariais e tecnológicas avançam com timidez.
17 Julho 2023, 14h50

As ações da bolsa norte-americana abriram a sessão desta segunda-feira sem grandes mexidas, à medida que os investidores aguardam uma maré de resultados trimestrais e semestrais de algumas das maiores empresas do mundo. A ‘earnings season’ arranca a todo o gás.

Ao soar do sino em Wall Street, o índice industrial Dow Jones recuava 74 pontos, ou 0,2%. Já o empresarial S&P 500 e o tecnológico Nasdaq avançavam apenas 0,1% e 0,4%, respetivamente,

Esta semana há uma série de nomes pesados de Wall Street com resultados agendados. É o caso do Bank of America, do Morgan Stanley e do Goldman Sachs, que se juntam ao rol de instituições bancárias que já divulgaram contas na semana passada, revelando uma sustentável resiliência da banca, apesar de um início de ano atribulado.

Ficaremos também a saber como correram os primeiros seis meses do ano à United Airlines e à Tesla, com os investidores muito interessados nas contas da Netflix, desde que a gigante do streaming mudou radicalmente as regras de partilha de conta.

Ainda assim, a praça nova-iorquina espera uma temporada pouco solarenga, com lucros mais contidos. No caso das cotadas no S&P500, estima a FactSet, o resultado líquido deve recuar 7% face ao ano passado.

A semana calha mal no calendário para os analistas, já que da Reserva Federal (Fed) vem o já típico período de silêncio antes da reunião de política monetária deste mês. De acordo com um grupo de analistas da FedWatch, há uma probabilidade de 97% de que o banco central norte-americano volte a subir os juros diretores antes do fim do mês, numa tentativa sustentada de controlar o efeito inflacionário.

Contudo, a semana passada foi positiva para a generalidade dos índices: o Dow Jones somou 2,3% para registar a melhor semana desde março, e no caso do S&P500 e do Nasdaq, os ganhos ultrapassaram mesmo essa margem, ao avançarem 2,4% e 3,3%, respetivamente.

A semana reserva ainda uma série de divulgações por parte do governo norte-americano e de gabinetes independentes, com vários indicadores macroeconómicos relevantes a serem revistos.

“Wall Street arranca a semana sem tendência definida, com o Nasdaq 100 ligeiramente acima da linha de água, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones se apresentam em queda ligeira”, sintetiza o analista de mercados do Millennium Investment Banking Research, Ramiro Loureiro.

O mesmo especial diz ainda que é “de notar a indicação de que a atividade industrial em Nova Iorque se expandiu inesperadamente em julho, impulsionada pela melhoria nas encomendas, ao mesmo tempo que as pressões inflacionistas diminuem”.

Já no seio empresarial, Loureiro assinala “pela positiva as valorizações da Activion Blizzard e da Microsoft, em reação a uma vitória judicial para a sua fusão. A Tesla mostra-se animada com os dados de produção do Cybertruck. Paccar e NVIDIA refletem upgrades de casas de investimento. Já a State Street sente pressão do corte por parte do JPMorgan”.

No mercado cambial, tanto o euro como a libra esterlina desvalorizam ligeiramente face ao dólar norte-americano. Pelas 15h00 desta segunda-feira, a moeda comunitária recuava 0,02% face à moeda do ‘tio Sam’ nas praças mundiais, a valor 1,1225 dólares. Já a libra ia mais longe, a descer 0,05%.

Nas commodities, a inércia norte-americana pinta as tabelas de vermelho. O barril de petróleo Brent é negociado por esta hora por 79,22 dólares, um recuo de 0,81%. Já o texano WTI, nos 74,78 dólares, desvaloriza 0,72%.

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