O CEO da PHC Software defendeu esta terça-feira que as comissões executivas devem saber delegar decisões à base da hierarquia da empresa, quem está no terreno a executar, porque é quem verdadeiramente sabe dessa necessidade da organização.
“Esta tem sido a grande dificuldade, porque, cada vez que nos distraímos, já está alguém a dizer «não, este tipo de decisões passa por mim»”, em vez de ser a equipa que está a tratar do assunto. Esse é o maior perigo que há para as empresas”, explicou Ricardo Parreira, citando um estudo que conclui que um CEO só tem 4% da informação sobre a empresa que lidera.
Na conferência “Fórum de Executivos – Liderança Transformadora”, organizada pela empresa de consultoria e formação K21, alertou: com base nessa percentagem, se todas as decisões forem tomadas pelo topo da gestão não são bem tomadas.
“A inovação é um valor que nós queremos, mas não era um valor que existisse suficientemente. Para as empresas, a mediocridade é um perigo. Isso leva-nos à ideia de que a felicidade é lucrativa, porque as pessoas felizes produzem mais 10%”, referiu, na apresentação que abriu a conferência do qual o Jornal Económico é media partner e que decorre esta tarde na sede da PHC, no Taguspark, em Porto Salvo.
O autor do livro “Gestão descontraída, mas profissional” lembrou à audiência – composta por cerca de 40 gestores – que, para a tecnológica, “a gestão é uma ciência”, desde o início em 1989. Hoje, com 34 anos de história, 260 trabalhadores e 36 mil clientes em 25 países, a PHC Software garante que mantém essa visão.
“Há uma frase simples, mas poderosa, que resume o nosso propósito, é aquilo em que nós acreditamos, porque acreditamos que a boa gestão traz resultados incríveis: Better management for happier people” [Melhor gestão para pessoas mais felizes]”, sintetizou Ricardo Parreira, na intervenção de abertura do fórum que contou com casa cheia, intitulada “Luz, câmara e transformação: da visão ao sucesso da PHC”.
Então, como conseguir uma estratégia bem executada? Na sua opinião, a questão resume-se numa palavra: agilidade, que consiste em conseguir que as decisões operacionais da empresa sejam tomadas pela base da hierarquia. “O Agile é uma evolução”, garante, dando ainda o exemplo dos OKR – Objectives & Keys Results e os KPI – Key Performance Indicators.
O CEO contou o case-study da PHC, que implementou uma série de medidas, nomeadamente: método (as ciências têm métodos que trazem resultados), comunicação interna (iniciativas como “Ask the CEO”, televisores com informação, entre outros), employer brand (atração de talento), analítica de recursos humanos (avaliação da satisfação e performance das pessoas), cultura personalizada, propósito e valores.
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