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EBA antevê que o crescimento dos depósitos deverá abrandar este ano

A instituição europeia diz ainda que diferença entre as taxas de juro dos empréstimos a clientes e dos depósitos de clientes aumentou significativamente em 2022 e os bancos esperam que continue a aumentar.
28 Julho 2023, 16h37

Os depósitos registaram um crescimento de 4,4% em 2022 e, no final do ano, representavam 75% do total das fontes de financiamento dos bancos europeus. Em 2023, o crescimento dos depósitos deverá abrandar para 2,8% no caso dos depósitos das famílias e das empresas. A conclusão é da Autoridade Bancária Europeia (EBA) que diz ainda que diferença entre as taxas de juro dos empréstimos a clientes e dos depósitos de clientes aumentou significativamente em 2022 e os bancos esperam que continue a aumentar.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) publicou hoje o seu relatório anual sobre os planos de financiamento, que abrange 159 bancos que apresentaram os seus planos de financiamento para um período de previsão de 2023 a 2025.

Os planos mostram as intenções dos bancos de aumentar o financiamento baseado no mercado durante o período de previsão.

Os bancos planeiam emitir mais instrumentos de dívida para contrabalançar a diminuição prevista do financiamento do banco central, segundo o relatório sobre os planos de financiamento da EBA (Autoridade Bancária Europeia).

O total de ativos dos bancos aumentou 1,3% em 2022. O forte crescimento dos empréstimos às famílias e às empresas foi compensado por uma diminuição dos saldos de caixa, relacionada com os reembolsos das operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO direcionadas).

A EBA diz que a dependência dos bancos de fontes de financiamento do sector público deverá diminuir em 2023, devido ao facto de os fundos das TLTRO direcionadas atingirem a maturidade. A maioria dos bancos tem caixa e saldos de caixa nos bancos centrais que excedem os montantes das TLTRO direcionadas que se vencem.

A EBA refere ainda que os bancos europeus planeiam emitir mais instrumentos de dívida nos próximos anos para compensar uma diminuição esperada do financiamento do banco central, mas também para cumprir os requisitos mínimos de fundos próprios e de passivos elegíveis (MREL).

Em 2023, os bancos têm previsto aumentar o financiamento baseado no mercado em 5,5%, com incidência em instrumentos sénior sem garantia e obrigações cobertas.

 

 

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