A impressão 3D de peças metálicas não propriamente novidade, porque existem algumas empresas que oferecem soluções deste tipo, que permitem a criação de objetos através da deposição de material em camadas, num processo muito semelhante ao utilizado nas impressoras de jacto de tinta. O objetivo da entrada da HP neste mercado é a de fazer baixar acentuadamente os preços. A sua primeira proposta chama-se Metal Jet e custa 400.000 dólares (cerca de 345.000 euros).
A este preço, provavelmente, a Metal Jet não se destina aos consumidores que quiserem construir peças em metal na garagem. A HP anunciou acordos com empresas como Volkswagen e a Johnson & Johnson Medical Devices para que estas tenham acesso a esta tecnologia.
A impressão de peças metálicas em 3D, também chamada “addictive manufacturing” (ou fabrico por adição), permite a produção de peças que, de outro modo, são muito caras, ou impossíveis de fabricar através de processos tradicionais. Por exemplo, é possível fabricar uma peça metálica como uma estrutura interna praticamente oca, de forma a ser mais leve que outra igual fabricada através de um método mais tradicional.
Apesar de a tecnologia de impressão 3D ser cada vez mais popular, ainda não serve totalmente para se criar produtos prontos a serem consumidos. Na grande maioria das aplicações é utilizada para a construção de protótipos. A impressão 3D de objetos metálicos é ainda um nicho no universo da impressão 3D.
Como funciona o método de impressão apresentado pela HP
Tudo começa com uma fina camada de pó metálico que é colocado numa plataforma. De seguida uma linha de cabeças de impressão atravessa a camada depositando gotas minúsculas de um agente que agrega o pó, na prática é um tipo de cola, nas zonas onde a peça a cria tem de ser maciça. Quando uma camada estiver acabada, é depositada uma nova camada de pó e o processo repete-se. A construção de um objecto que ocupe o volume disponível na impressora (430 x 329 x 200 mm), demora cerca de 5 horas.
A impressora da HP funciona a uma resolução alta. O objecto metálico mais pequeno que consegue criar mede apenas 20 x 20 x 50 mícrones, ou milionésimo de metro. Como termo de comparação, um cabelo humano mede entre 17 a 180 micrones de diâmetro.
Depois de terminada a impressão, as peças são retiradas da impressora e o pó que não tiver sido utilizado pode ser removido para nova utilização. De seguida as peças são sujeitas a uma operação de aquecimento que fundo o pó num bloco sólido. Este processo foi desenvolvido em conjunto pela HP e por algumas entidades especialistas neste processo, como a Parmatech e a GKN Powder Metallurgy.
A HP espera que estas impressoras cheguem ao mercado mainstream nos próximos anos. Para já, os clientes que quiserem utilizar esta tecnologia terão de recorrer a serviços de impressão autorizados pela HP.
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