No devido tempo, augurei que a ultrapassagem do calvário por parte do Governo do seu Vietname que era TAP, traria estabilidade ao Executivo e António Costa voltaria a ter o controlo da agenda mediática.

Com os cofres cheios e resultados económicos que são, actualmente, o seu às de trunfo, o primeiro-ministro apresta-se para apresentar um Orçamento do Estado que possa aligeirar a carga fiscal dos portugueses e aumentar o seu poder de compra, que se depauperou com a inflação.

Foi lógico assim que Luís Montenegro, em mais uma festa do Pontal, marcasse terreno com a apresentação de propostas populares que incidiam sobre a redução do IRS. Sendo que provavelmente acontecerá o que ocorreu aquando da apresentação do seu Plano de Emergência Social, que mais pareceu pigmeu face ao posterior volume dos apoios sociais dados pelo Governo, i.e, será, de novo, esmagado.

O líder do PSD tem trabalhado muito para se fazer ouvir e entrar no coração das pessoas. Mas, dizem as sondagens, isso ainda não está a acontecer e os sociais-democratas não são reconhecidos como alternativa clara de governo. Se o teste da Madeira será mais um passeio para o PSD, as Europeias serão decisivas para o futuro político de Luís Montenegro. No dia 9 de Junho só tem três hipóteses: ganhar, ganhar ou ganhar. Se tal não acontecer, o prazo de validade da sua liderança irá expirar num ápice.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.