Apesar do efeito benéfico do anticiclone dos Açores nas temperaturas amenas que temos sentido ultimamente em Portugal Continental, quando comparadas com o resto da Europa (há uns dias a própria Islândia registou 28ºC), já nem mesmo uma avestruz com a cabeça enterrada na areia desde os tempos faraónicos poderá negar que o planeta está a sofrer alterações climáticas, que estas são provocadas pela acção humana (como a utilização de combustíveis fósseis) e que as consequências nefastas estão a progredir de forma exponencial.
Dado que a população das cidades aumenta a um ritmo estonteante – com tudo o que isso implica –, uma das propostas que tem sido mais apontada é a criação de mais espaços verdes.
“Por que razão não estão as nossas cidades completamente cobertas de plantas, quer no exterior quer no interior dos edifícios, apesar dos estudos científicos credíveis que têm sido publicados sobre os benefícios do verde urbano, permanece um mistério de difícil interpretação.”
Uma vez que as plantas perfazem 85% da biomassa do planeta, o italiano Stefano Mancuso, botânico e fundador da Neurobiologia Vegetal, pretende mudar este statu quo.
Em “A Planta do Mundo”, editado pela Pergaminho, com tradução de Mário Severo, Mancuso entrelaça a história humana com a história das plantas – nem só os ‘sans-culottes’ protagonizaram a Revolução Francesa, também as árvores que desempenharam um importante papel; quais as primeiras plantas astronautas, etc… –, numa narração bem fundamentada, fluida e bem-disposta.
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