A fintech de serviços financeiros para pequenas e médias empresas (PMEs) Rauva estabeleceu uma parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI) para “revolucionar o sistema de pontuação de crédito” em Portugal e na Europa, através da aplicação de metodologias de machine learning e de técnicas de computação quântica.
“Esta parceria posicionará a Rauva como pioneira na Europa no ecossistema de crédito para PMEs – queremos dar ‘luz verde’ a projetos e empresas que, tendo em conta a sua menor dimensão, encontrariam obstáculos com a aplicação dos instrumentos e variáveis tradicionais, enquanto otimizamos a deteção de fraude e a avaliação de risco de incumprimento”, afirma Jon Fath, cofundador e CEO da Rauva.
“A vontade da Universidade da Beira Interior em explorar a interseção de machine learning e computação quântica reflete a sua ambição de permanecer na vanguarda dos avanços tecnológicos, alinhando-se perfeitamente com os objetivos estratégicos da Rauva”, acrescenta.
A fintech e a UBI pretendem em conjunto explorar procedimentos de pontuação de crédito, como a seleção de recursos, modelos de decisão, previsão de fluxo de caixa e definição de empréstimo ou linha de crédito.
João Neves e Hugo Proença, principais investigadores neste projeto na UBI, destacam, por seu turno, a “excelência” da instituição e o “contínuo investimento em pesquisa e inovação”, em particular do SOCIA-LAB: “Tem uma experiência há muito comprovada na pesquisa sobre machine learning e computação quântica, permitindo estarmos na vanguarda dos avanços tecnológicos”.
O quantum machine learning é um campo interdisciplinar emergente que combina os princípios da mecânica quântica com técnicas de machine learning tradicionais, e que tem aplicações práticas transformadoras, nomeadamente no sector financeiro. Esta tecnologia pode lidar com a análise de dados complexos e multidimensionais, permitindo a criação de modelos mais precisos para avaliar o risco de crédito, tendo em conta uma ampla gama de variáveis, como o histórico financeiro, informações pessoais e comportamento de pagamento. Além disso, os algoritmos quânticos podem ser mais eficazes na deteção de atividades fraudulentas através da análise de grandes volumes de dados em tempo real, identificando anomalias e comportamentos suspeitos que podem ser difíceis de detetar com métodos tradicionais, explicam os envolvidos.
“Esta iniciativa não começa do zero, uma vez que a Rauva já desenvolveu protótipos sofisticados de algoritmos de inspiração quântica que estão a superar métodos tradicionais bem conhecidos que prevalecem no sector financeiro para a tomada de decisões de crédito”, explica Javier Mancilla, Head of Research and Development in Quantum Machine Learning da Rauva. “A nível académico, a Rauva e a UBI estão empenhadas em contribuir para a comunidade científica, divulgando as principais descobertas da sua investigação e promovendo a educação em computação quântica”.
Fundada em 2022 por Jon Fath e Sam Mizrahi, a super-app da Rauva já se destacou no sector fintech, tendo sido selecionada para participar no programa Portugal FinLab, e reconhecida como uma das empresas emergentes pelo Portugal Fintech Report 2022. Mais recentemente, foi selecionada para integrar a segunda edição do Scale Up Program da Unicorn Factory Lisboa e venceu o Portugal Tech Innovator 2023 da KPMG.
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