[weglot_switcher]

Câmara de Lisboa investe 1,2 milhões de euros para poupar 25% com eletricidade

O projeto europeu inteGRIDy é uma ação de inovação com um período de quatro anos para aumentar a eficiência na utilização energética, integrando as mais recentes tecnologias. Em Portugal, irá ser implementado o edifício autárquico de Entrecampos.
4 Outubro 2018, 09h30

A Câmara de Lisboa está a implementar um projeto piloto europeu de eficiência energética, que poderá resultar numa poupança de 25% na fatura da eletricidade. O inteGRIDy, que é parcialmente financiado por fundos europeus, é liderado em Portugal pela empresa Energia Simples e implica um investimento público de 1,2 milhões de euros.

O projeto europeu inteGRIDy é uma ação de inovação com um período de quatro anos para aumentar a eficiência na utilização energética, integrando as mais recentes tecnologias. Está a ser implementado em 10 projetos-piloto em oito países europeus, sendo que, em Portugal, é o caso do edifício de Entrecampos da Câmara de Lisboa.

“Este projeto, no qual a Energia Simples participa, visa implementar, na Câmara Municipal de Lisboa, sistemas de previsão de energia produzida por uma central fotovoltaica, de modo a gerar mais eletricidade, ao mesmo tempo, que reduz a carga da rede. Desta forma, o seu principal objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, de forma a responder às principais necessidades energéticas”, explicou o co-fundador da empresa, Manuel Azevedo, em entrevista ao Jornal Económico.

Com vista à descarbonização da rede elétrica, prende-se com a promoção da integração de grandes quantidades de geração de energia renovável distribuída, bem como implementação de resposta à procura, incorporando o armazenamento de energia, a gestão de veículos elétricos e tecnologias de redes elétricas inteligentes (Smart Grid).

O custo total do projeto inteGRIDy é de 15,8 milhões de euros, sendo a contribuição da União Europeia de 12,3 milhões de euros e o valor de investimento ao nível nacional (Piloto de Lisboa) é 1,2 euros.

“Em termos económicos o objetivo principal é diminuir as faturas de eletricidade do edifício, o maior consumidor de energia elétrica do município, onde a maior parte do trabalho administrativo é feita. Cerca de duas mil pessoas trabalham neste edifício todos os dias e muitos outros o visitam. Com implementação do projeto também é previsto o aumento de consciencialização dos funcionários e visitantes em termos de eficiência energética”, explicou Manuel Azevedo.

O co-fundador da empresa explicou que, em projetos semelhantes ao nível do consumo de serviços diurnos ou baterias, a poupança é de cerca de 25%. O projeto começou no dia 01 de janeiro 2017 e terminará no dia 31 de dezembro 2020.

“Este o projeto demonstrador desenvolve o conhecimento que permitirá dotar a rede elétrica da UE no futuro de formas eficientes de produzir, transportar e consumir energia elétrica. Estas medidas do Horizonte 2020 da União Europeia serão a norma no consumo energético que permitem a União ter uma das redes desenvolvidas do mundo”, acrescentou o co-fundador da Energia Simples.

Esta não é a primeira vez que a empresa está envolvida com entidades públicas. A Energia Simples apostou, fortemente, na participação em vários concursos públicos, tendo ganho o concurso para o fornecimento de eletricidade para o Banco de Portugal, obtendo um contrato no valor de aproximadamente seis milhões de euros e para o Douro e Guarda num valor de cerca de 13 milhões de euros em contratos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.