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Investimento em capital de risco caiu 50%, alerta diretor da Startup Portugal

 “Seguimos uma tendência mundial. Não estamos nem piores nem melhores do que outros países”, disse esta quinta-feira António Dias Martins.
2 Novembro 2023, 16h36

O diretor executivo da Startup Portugal confirmou, esta quinta-feira, que o investimento em capital de risco no país caiu cerca de 50% em 2023, em comparação com o ano passado, devido ao contexto macroeconómico e geopolítico.

“Houve uma quebra de investimento em venture capital de 50%. Seguimos uma tendência mundial. Não estamos nem piores nem melhores do que outros países”, afirmou António Dias Martins, no evento de apresentação das startups que irão participar na Web Summit com o programa Road 2 Web Summit.

“Os efeitos de duas guerras sentem-se nas startups, com liquidez mais escassa e dificuldade acrescida de aceder a financiamento bancário. Muitas startups tiveram de ajustar as suas equipas, o que só prova que estão a fazer o que é suposto na área da gestão de empresas”, explicou. E foi pragmático: “Situações excecionais requerem respostas excecionais”.

Segundo o diretor executivo da Startup Portugal, há ecossistemas internacionais que estão “atentos e muito ativos”, portanto é preciso “atuar perante os desafios”, nomeadamente reforçar as políticas de atração e retenção de talento. Há dois países onde Portugal até pode ir buscar inspiração, a seu ver: Espanha e Estados Unidos da América.

Sobre o programa que dá entradas para a cimeira tecnológica e ensina os empreendedores a prepararem-se, António Dias Martins referiu que as startups que estão a receber este apoio “desempenham um papel significativo no fomento do crescimento e da inovação da economia portuguesa”. Desde que foi criado o Road 2 Web Summit ajudou 800 startups.

“No decorrer do ano passado, a Musiversal destacou-se como a vencedora, obtendo reconhecimento através de uma série de prémios e angariando mais de 1,9 milhões de euros em investimentos até ao momento. Este notável sucesso exemplifica de forma concreta a capacidade do programa em atuar como um impulsionador fundamental para o êxito das startups que nele participam”, concluiu o diretor da estrutura do Estado que representa o ecossistema empreendedor.

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