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Otimismo regressa aos mercados

Estamos na terceira semana consecutiva de ganhos nos mais importantes índices acionistas mundiais, principalmente nos índices americanos, o que despoletou um sentimento muito otimista perante os investidores em todo mundo.
21 Novembro 2023, 10h42

Desde a última pausa das taxas de juro por parte do BCE e da FED que a valorização das ações tem sido constante, e os dados recentes divulgados em relação à inflação americana voltaram a dar mais combustível para que essas subidas continuassem.

Mas qual é o tamanho desta subida?

No caso dos índices americanos, a subida foi estrondosa entre 29 de outubro e 14 de novembro de 2023. Olhando para o S&P 500, os futuros apresentam uma valorização de mais de 9,8%, neste período. Se olharmos para o índice tecnológico Nasdaq100, este também teve um desempenho impressionante, atingindo mais de 12,5% de valorização neste período. Já no caso do Russell2000, o índice americano de pequenas e médias empresas, as valorizações fixaram-se acima dos 11,5%, com uma subida de mais 5% num dia apenas (14 de novembro).

Gráfico dos futuros do S&P500 dos últimos 6 meses. Fonte: xStation 5

Conheça mais sobre a negociação de índices neste artigo.

O que está por detrás destas valorizações?

Os dados da inflação apresentados a 14 de novembro foram animadores, com mais quedas a serem registadas. O IPC global americano abrandou de 3,7% para 3,2% (a/a), enquanto o mercado esperava um abrandamento para 3,3%. Já o IPC subjacente abrandou de 4,1 para 4,0% (a/a), enquanto o mercado esperava que permanecesse inalterado. Agora, os mercados esperam que a FED efetue o primeiro corte de taxas em junho de 2024, seguido de outro em julho de 2024 e com a possibilidade de novo corte em dezembro de 2024, assumindo que as quedas nas taxas de juro em 2024 serão de 100 pb. Nesta perspetiva, o mercado assume que já não haverá mais subidas nas taxas de juro, encerrando assim o ciclo de aperto monetário por parte dos bancos centrais; para além disso, também assume que os cortes das taxas chegarão mais cedo do que o previsto. Isto reforça a ideia que o “soft landing” está cada vez mais à vista – uma possível redução da liquidez no mercado, estancando a inflação sem que uma recessão profunda aconteça nas principais economias mundiais.

Saiba mais sobre a importância da macroeconomia nos mercados.

Evolução da inflação nos EUA nos últimos 5 anos. Fonte: Tradingeconomics.com

O que pode acontecer a seguir?

Com o mercado extremamente preocupado com a inflação, esta pode ser a altura em que ocorre uma viragem nas atenções dos investidores, uma vez que o mercado assume que a inflação está “controlada” e encaminha-se para os níveis desejados. No entanto, não devemos esquecer que caso haja uma pressão nos preços, o cenário pode ser alterado. O mercado petrolífero pode impulsionar novamente os preços na economia e não devemos descartar por completo essa variável. Já por outro lado, os dados do emprego passam a ser de extrema importância, pois estes deverão dar a nova trajetória da economia, em que nesta altura se espera um abrandamento macroeconómico e recuperações na segunda metade do próximo ano. Contudo, caso este abrandamento seja mais forte do que esperado, pode haver um choque que comprometa as previsões económicas para os próximos dois anos – tal daria espaço para que a direção dos índices bolsistas fosse alterada. Já no caso de assumirmos que o arrefecimento económico continua de forma lenta e branda, que a inflação é estancada e o mercado petrolífero continua calmo, independentemente do desenvolvimento dos conflitos bélicos, então há espaço para que daqui a nove meses possamos ter a economia novamente a recuperar e, quem sabe, os índices acionistas, como o tecnológico Nasdaq, a atingir novos máximos históricos.

Aprenda mais sobre análise fundamental e a sua importância neste artigo.

Gráfico dos futuros do Nasdaq100, distância até ao máximo histórico de 4,62%. Fonte: xStation 5

 

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Este artigo é da autoria da XTB.

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