“As equipas que mantenham a sua performance vão ver aumentada a remuneração dos seus profissionais”, reiterou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, quando questionado, esta segunda-feira, sobre o novo modelo de incentivos dos profissionais das Unidades de Saúde Familiar (USF), que dita um novo limite ao número de medicamentos prescritos.
Em causa estão potenciais reduções salariais, no caso de os médicos ultrapassarem o teto imposto pelo governo. Para sustentar essa medida, o responsável pela pasta da Saúde explicou que “do ponto de vista de um médico, racionar a prescrição de um medicamento é uma grave falha deontológica. Prescrever medicamentos de custo mais elevado quando existem alternativas menos onerosas é também uma falha deontológica”.
Em declarações aos jornalistas prestadas no Hospital da Prelada, no Porto, Pizarro abordou uma série de temas ligados ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Um dos quais foi a questão das horas extraordinárias realizadas, todos os anos, por médicos de norte a sul do país.
De acordo com o ministro, existe um “problema crónico” do sistema de saúde que leva a que, todos os anos, sejam necessários milhões de horas extraordinárias efetuadas por profissionais de saúde.
Pizarro reconheceu a existência de “constrangimentos” dos serviços, nomeadamente ligados à transferência de doentes entre hospitais. Uma situação que “sobrecarrega” as unidades de saúde e “causa incómodo aos doentes”. Ainda assim, sublinha a capacidade de “complementar os serviços”, maioritariamente nos centros urbanos.
De qualquer forma, Manuel Pizarro sublinhou que, “ao longo destas semanas, apesar da existência de dificuldades e problemas, o funcionamento em rede do SNS permitiu dar resposta às necessidades dos portugueses”.
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