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Mudanças para atingir net zero em 2050 estão a ser insuficientes, refere estudo da KPMG

O estudo ”Net Zero Readiness Report” da KPMG diz que, tendo em conta a situação em que vivemos, o empenho dos governos e das empresas tem estado condicionado no que toca à aplicação de mudanças que possam reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.
29 Novembro 2023, 15h46

A KPMG, uma empresa que presta serviços nas áreas de auditoria, fiscalidade e consultoria, realizou um estudo ”Net Zero Readiness Report” sobre o estado das organizações em cumprirem a meta net zero a nível global, tendo concluído que o ritmo das mudanças encontra-se num nível insuficiente para atingir esta meta até 2050.

Perante a situação que vivemos com tensões geopolíticas, o aumento do custo de vida, o aumento da dívida pública global, a necessidade de garantir o fornecimento de energia, são fatores que têm condicionado o empenho dos governos e das empresas no que toca à aplicação de mudanças que possam reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.

O estudo revela que apesar de terem existido alguns casos de sucesso com o aumento da produção de energia com baixo teor de carbono, por parte de alguns dos países considerados mais poluentes, “o progresso das empresas é travado pelos custos de descarbonização”.

Pedro Q. Cruz, ESG Coordinator Partner da KPMG Portugal, afirma que “os governos, as empresas e a sociedade em geral devem continuar a tomar medidas para combater as alterações climáticas. É expectável que surjam novas correntes de pensamento entre as comunidades locais e os interesses globais, mas se quisermos realmente dar passos significativos para a redução dos gases com efeitos de estufa, ao ritmo que o planeta necessita, assegurando ao mesmo tempo um aprovisionamento energético estável, é necessária uma atenção muito maior para este tema”.

Segundo o estudo, e olhando para a realidade de cada país, os progressos em curso na implementação de medidas de descarbonização têm sido dificultadas pelo seu alto custo e pelo impacto negativo que podem ter na qualidade de vida das comunidades.

Já a nível das economias em rápido crescimento, verifica-se um aumento da procura por energia o que desencadeia investimentos na produção de energia com baixo teor de carbono e de combustíveis fósseis.

O progresso de descarbonização varia consoante o sector de atividade, sendo que a nível mundial também variam, no entanto o estudo salienta que o aumento da procura por veículos elétricos já contribui para o sucesso da descarbonização em alguns sectores.

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