“Estas são as minhas pirâmides”. A frase foi dita em janeiro de 2023 por David Rivera ao “New York Times” durante uma reportagem do jornal norte-americano sobre as mais recentes barragens em Portugal, em Ribeira de Pena, Vila Real.
O engenheiro civil é o novo líder da Iberdrola Portugal, tornando-se assim no responsável máximo da empresa espanhola para o mercado nacional, sabe o JE.
David Rivera Pantoja (na foto) foi o diretor de projeto ao longo de mais de uma década do grande empreendimento da Iberdrola: o complexo hidráulico do Tâmega, três barragens que representam um investimento de 1,5 mil milhões de euros.
O responsável assumiu o cargo em setembro, mas a mudança ainda não foi comunicada oficialmente.
O gestor espanhol trabalha em Portugal há mais de 15 anos e vai ficar a liderar todas as operações do grupo: comercial, renováveis e hídrica.
A empresa era gerida em Portugal até agora por Rui Pedro Afonso, que vai continuar a liderar a operação comercial.
A nomeação é encarada como uma promoção direta pelo CEO da Iberdrola Ignacio Galan.
David Rivera é um homem mais habituado aos bastidores, a liderar milhares de trabalhadores num investimento milionário, que tornou-se no último grande projeto hidroelétrico de Portugal.
Como antigamente, um engenheiro volta a liderar uma energética, algo mais raro de ver hoje em dia, com as licenciaturas em gestão ou economia a abundarem.
A Iberdrola Portugal é assim gerida pela primeira vez por um espanhol, depois de Pina Moura, Carla Costa e Rui
O JE pediu um comentário à Iberdrola, mas não obteve resposta.
No final de 2022, o presidente executivo da Iberdrola anunciou que pretende investir três mil milhões de euros em Portugal nos próximos anos.
Ignacio Galan recordou que a empresa investiu dois mil milhões nos últimos anos, mas que quer “ir mais longe”, nomeadamente em “mais instalações fotovoltaicas, mais armazenamentos de eletricidade, mais energia eólica e também hidrogénio verde”.
No final de 2022, o presidente executivo da Iberdrola anunciou que pretende investir três mil milhões de euros em Portugal nos próximos anos.
Ignacio Galan recordou que a empresa investiu dois mil milhões nos últimos anos, mas que quer “ir mais longe”, nomeadamente em “mais instalações fotovoltaicas, mais armazenamentos de eletricidade, mais energia eólica e também hidrogénio verde”.
O complexo hidroelétrico do Tâmega conta com uma potência de 1.200 MW, com mais duas centrais eólicas previstas para a zona com 300 MW.
As centrais de Gouvães e Daivões já começaram a funcionar em 2021, com a do Alto Tâmega a estar prevista começar a operar em 2024.
O projeto é conhecido por gigabateria do Tâmega, pela sua capacidade de bombagem, isto é, a água turbinada por Gouvães fica armazenada em Daivões e pode voltar a ser enviada para Gouvães através de bombagem para voltar a ser usada.
O projeto é capaz de produzir 1.766 GWh por ano, suficiente para abastecer Braga e Guimarães, 440 mil famílias.
Durante a fase de construção empregou 3.500 pessoas diretamente.
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