Portugal é o sétimo país do mundo mais atrativo para investimentos em energias renováveis, subindo três posições face ao ranking anterior, segundo um estudo da consultora EY hoje divulgado. A posição atingida é no índice normalizado que tem em conta o PIB de cada país, com Portugal a ultrapassar países como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido.
Esta subida deve-se à ambição do Governo português que pretende atingir a meta de 85% de eletricidade com energias renováveis até 2030, segundo a revisão do PNEC 2030 que está a ser avaliado em Bruxelas, aumentando a aposta em mais energia verde.
“O novo objetivo fixado pelo governo português, de produzir 85% de eletricidade com fontes de energias renováveis em 2030, justifica a subida de três lugares no ranking e constitui um enorme crescimento da capacidade prevista nos sectores solar, eólico e de hidrogénio verde, reduzindo assim a dependência do gás natural no país”, de acordo com o comunicado.
“Portugal tem-se destacado não só pelos objetivos ambiciosos representados no Plano Nacional Energia e Clima (PNEC), mas também pela capacidade de implementação de que o recente recorde de 6 dias seguidos onde a geração de fontes renovável foi superior às necessidades de consumo de todo o país, é um excelente exemplo”, disse em comunicado o responsável da EY José Roque.
A liderar o índice normalizado está a Dinamarca que destronou a Grécia (que recuou para terceiro), com Marrocos a manter a segunda posição.
A Grécia atingiu recentemente a marca de 11 gigawatts de renováveis, prevendo 1,7 gigawattts de hidrogénio verde.
Já Marrocos espera construir 1 gigawatt por ano de renováveis até 2027, estando também previsto o cabo submarino de eletricidade para fornecer energia ao Reino Unido,mas só a partir de 2030.
Na Irlanda, Dublin assinou um acordo com o Reino Unido para promover a construção de energia renovável offshore e para aumentar as interligações, melhorando a segurança de abastecimento e reduzindo o risco de intermitência.
Fora do ranking normalizado, os EUA lideram com a energia solar a atginr recordes no país: 32 gigawatts de capacidade atingidos este ano, mais 50% face a 2022. Já os incentivos do programa de fomento IRA também justicam a sua liderança.
Destaque para a China na segunda posição, com a sua aposta na energia solar e eólica. O país deverá atingir 1,2 terawatts de capacidade solar e eólica em 2025, antecipando em cinco anos a meta prevista.
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