Os “fracos” indicadores de produção industrial e gastos no retalho complicam o cenário para o Banco Central Europeu (BCE), no que diz respeito ao objetivo de fazer baixar a inflação até à meta de 2% nos próximos dois anos, de acordo com uma análise da corretora XTB.
A análise refere-se ao ambiente económico atual e àquele que vai ser observado até 2025, na sequência de o BCE ter optado por deixar inalteradas as taxas de juro de referência, em 4%, naquela que foi a última reunião do ano, esta quinta-feira. Em simultâneo, os analistas sublinham a postura “prudente” daquela instituição ao alertar para a possibilidade de os custos de financiamento se manterem naquele que é o patamar mais elevado de sempre, em face do cenário de incerteza à escala global.
Em simultâneo, os Estados Unidos estão a exercer pressão por uma política monetária “mais flexível”, de acordo com os mesmos analistas. É que, depois da política de subidas agressivas dos juros que durou mais de um ano, estão à vista sinais de desinflação e, nesse sentido, a Reserva Federal (Fed) sinalizou a intenção de fazer baixar os juros já em 2024.
Uma mudança de política que deverá ser assumida do outro lado do Oceano Pacífico e que poderá “limitar a flexibilidade do BCE em manter a sua postura atual”, segundo se escreve na mesma análise. Uma situação que atribui ainda mais importância às próximas reuniões do BCE.
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