A União Europeia (UE) vai abrir uma investigação anti-dumping sobre as importações de biodiesel da China, depois de a indústria ter reduzido a produção doméstica, segundo a ‘Reuters’. A investigação poderá demorar até 14 meses, e existe a possibilidade de imposição de direitos provisórios no prazo de oito meses.
O dumping é uma prática realizada pelas empresas estrangeiras que querem ter acesso ao mercado europeu vendendo os seus produtos a preços extremamente baixos, sendo considerada uma forma de concorrência desleal, pois torna difícil que as empresas europeias consigam competir com estes preços.
As investigações foram motivadas por reclamações feitas pelo grupo de produtores European Biodiesel Board (EBB), tendo a última procurado saber se o biodiesel da Indonésia estava a contornar os direitos da UE ao passar pela China e pela Grã-Bretanha.
Segundo a Comissão Europeia, “os produtores da UE apresentaram provas de importações de biodiesel da China que entram na UE a preços artificialmente baixos e alegam que essas importações estão a prejudicar gravemente a sua indústria, porque não podem competir com preços tão baixos”.
Durante este ano, a China tem sido o maior exportador de biodiesel para a UE, segundo dados do EBB. “Em 2022, as importações chinesas objeto de dumping causaram um colapso no mercado e fecharam locais de produção em vários Estados-membros”, revela o EBB.
O biodiesel é um dos combustíveis alternativos para reduzir as emissões de carbono nos transportes. Segundo a Comissão, esta indústria vale 31 mil milhões de euros na UE por ano, e tem sido objeto de disputas regulares com parceiros comerciais.
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