O transporte ferroviário deve ser visto como um barómetro para os restantes transportes públicos. A ideia foi defendida por Frederico Francisco, secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, durante um evento dedicado ao debate sobre o Plano Ferroviário Nacional que decorre em Lisboa esta segunda-feira, 22 de janeiro.
“O transporte ferroviário está no topo da pirâmide como transporte mais eficiente e que deve servir como espinha dorsal onde todos os outros se articulam”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, recordando que apesar da rede ferroviária nacional ter perdido mais de mil quilómetros, muitas das linhas que fecharam não faria sentido existirem atualmente.
“Se hoje existissem não tinham nenhuma função relevante”, referiu, dando como o exemplo o desaparecimento da linha do Tua. “Se ela hoje existisse ninguém iria perder cinco horas num comboio até ao Porto. Surgiu a A4, o problema foi que não apareceu uma alternativa ferroviária”, salientou.
Frederico Francisco realçou que atualmente 82%, da população vive a menos de 15 minutos de uma estação ou apeadeiro, mas algumas linhas não têm serviço de passageiros, outras têm um serviço fraco e alguns territórios não têm acesso à rede, destacando a importância das intervenções que estão em curso têm um nível de modernização em todo o país.
“No final das obras em curso queremos ter mais de 85% da rede ferroviária eletrificada. Temos pela primeira vez em 30 anos a construção de um troço significativo de linha nova” [ligação de Évora a Elvas)], indicou o secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas.
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